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RJ: Polícia Civil apura se envolvidos na execução de médicos foram mortos pelo Comando Vermelho

Crime foi cometido por engano, após um dos médicos ser confundido com miliciano. Investigação aponta que, após constatado o erro, facção criminosa ordenou a execução dos envolvidos.
Sputnik
A Delegacia de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro está apurando se os criminosos responsáveis pela execução de três médicos nesta quinta-feira (5), em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, foram mortos pela facção criminosa Comando Vermelho. A informação foi divulgada pela Folha de S.Paulo e confirmada pela Sputnik Brasil.
Marcos de Andrade Corsato, 62, Diego Ralf de Souza Bomfim, 35, e Perseu Ribeiro Almeida, 33, foram mortos a tiros na madrugada desta quinta, quando estavam reunidos em um quiosque na orla. Eles estavam no Rio de Janeiro para participar do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo, e se hospedaram no hotel Windsor, que fica em frente ao quiosque.
Segundo a investigação, a ordem para execução foi dada após Perseu Ribeiro Almeida ser confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, 26, que atua na região. O crime teria sido motivado por vingança pela morte de outro miliciano.
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A ordem que culminou no crime supostamente cometido por engano teria sido dada por Phillip Motta Pereira, conhecido como Lesk, responsável pela narcomilícia na Gardênia Azul, Zona Oeste da cidade. A investigação aponta que há uma aliança entre o Comando Vermelho e milicianos na região da Gardênia Azul, firmada por Lesk e traficantes do Complexo da Penha, na Zona Norte, liderados por Edgar Alves de Andrade, o Doca.
Após a execução, os criminosos teriam se refugiado em uma área próximo à Cidade de Deus, dominada pelo Comando Vermelho. Pela manhã, após o erro ter sido constatado e a consequente repercussão do caso, os executores teriam sido submetidos ao chamado tribunal do tráfico. Doca teria ordenado a execução de todos os criminosos envolvidos, incluindo Lesk.
O assassinato dos três médicos causou forte repercussão nacional, e a hipótese de crime político chegou a ser cogitada, uma vez que uma das vítimas, Diego Ralf de Souza Bomfim, era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) e cunhado do deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ).
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