Panorama internacional

Nicarágua declara apoio 'invariável' à Rússia na Assembleia Geral da ONU

Em discurso durante a 78ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, o ministro das Relações Exteriores nicaraguense, Denis Moncada, exaltou o esforço russo para garantir a paz e a segurança internacional e criticou medidas restritivas unilaterais e ilegais impostas a várias nações do mundo.
Sputnik
"Nosso apoio à Federação da Rússia é invariável e uma aliança humana inevitável", afirmou o chanceler da Nicarágua ao ler uma mensagem escrita pelo presidente Daniel Ortega no encontro mundial, que terminou hoje (26) nos EUA.
Moncada destacou o apoio "solidário e combatente às heroicas lutas da Federação da Rússia" pela paz e segurança internacional".
O ministro criticou as sanções unilaterais impostas pelos Estados Unidos a várias nações do planeta, e expressou solidariedade ao povo de Cuba pelos 62 anos do embargo comercial aplicado à ilha pelos Estados Unidos, país chamado por ele de "assassino".
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A assembleia, que começou na última terça-feira (19), reuniu 193 Estados-membros da ONU para debater os desafios globais e buscar soluções para os problemas que afetam as populações do planeta.
O representante nicaraguense exigiu indenização por parte dos Estados Unidos à Nicarágua, com base na sentença proferida em 1986 pela Corte Internacional de Justiça de Haia que condenou o governo norte-americano por financiar a guerra contra o governo revolucionário sandinista, sobretudo na década de 1980.

"Não será possível resgatar as vidas perdidas ou aliviar o coração partido das famílias e cidadãos, mas pelo menos será possível reconstruir, para todos os nicaraguenses, as infraestruturas econômica, social, produtiva, cultural, que foram destruídas por essa grotesca intervenção", declarou ele ao defender a construção de uma nova ordem mundial multipolar para por fim ao "modelo imperialista e colonialista" vigente.

A decisão da Corte foi considerada histórica por reconhecer que os EUA violaram os princípios internacionais, como o da soberania territorial, ao dar apoio financeiro, militar e logístico e fornecer armas a grupos paramilitares para derrubar o governo nicaraguense da época.
Tal ingerência contribuiu para uma guerra civil que se arrastou por mais de uma década, deixando milhares de mortos e uma severa crise política, humanitária e econômica.
Na sentença, os Estados Unidos foram obrigados a repararem os prejuízos, inclusive por meio de indenização, que ainda não foi paga.
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