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Ações chinesas registram alta após medidas de Pequim para 'aumentar confiança dos investidores'

Uma das medidas favoráveis aos investidores foi a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China, que reduziu um imposto sobre as transações de ações do país pela primeira vez desde a crise financeira global de 2008.
Sputnik
O apoio da China ao seu mercado de ações e a intenção da Reserva Federal (Fed) dos EUA de aumentar novamente as taxas de juros contribuíram para a subida das ações asiáticas, com o enfraquecimento do dólar americano diante da maioria das moedas do G10 — grupo que reúne as dez principais economias do mundo, informou a Reuters.
O índice de referência CSI 300, cotado na Bolsa de Valores de Xangai e Shenzhen, estava "a caminho dos maiores ganhos em mais de um mês", enquanto o índice composto de Xangai "parecia prestes a subir mais desde novembro", de acordo com a mídia.
Na manhã desta segunda-feira (28), os índices CSI 300 e o composto de Xangai subiram cerca de 5,5%, enquanto o índice Hang Seng de Hong Kong aumentou 1,8%.
Isto ocorreu depois de a China ter anunciado novas medidas para atrair investidores de volta aos mercados de ações do país, que incluem Pequim reduzindo para metade o imposto de selo sobre as negociações de ações e comprometendo-se a abrandar o ritmo das ofertas públicas iniciais (OPI).
O Ministério das Finanças chinês disse que o objetivo das medidas é "revigorar os mercados de capitais e aumentar a confiança dos investidores". A Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China, por sua vez, afirmou que vai abrandar o ritmo dos OPIs, citando "condições de mercado recentes", sem dar detalhes de como o faria.
A agência citou o chefe de pesquisa sobre a Ásia no Australia & New Zealand Banking Group em Cingapura, Khoon Goh, dizendo que a medida de Pequim aumentou as esperanças de uma reviravolta no mercado de ações da China.
"A última vez que a taxa foi cortada foi em 2008, o que ajudou a estimular uma recuperação. Os investidores esperam uma repetição desta vez", afirmou o analista.
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A opinião de Goh foi ecoada pelos analistas da China International Capital Corp., incluindo Pu Han, que em uma nota afirmaram que "a escala, a força e a velocidade das medidas superaram as expectativas do mercado".
Os desenvolvimentos seguem-se ao presidente do Fed, Jerome Powell, ter deixado claro que a agência pode precisar aumentar ainda mais as taxas de juros para conter a inflação no país.
"Procederemos com cuidado ao decidirmos se vamos apertar ainda mais ou, em vez disso, manter a taxa básica constante e aguardar mais dados. É função do Fed reduzir a inflação para a nossa meta de 2%, e vamos fazê-lo", observou ele.
As taxas de juros dos EUA já passaram de perto de zero no início de 2021 para 5%, o aumento de taxa mais rápido desde a década de 1980.
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