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Filipinas abastecem posto militar em área disputada apesar da presença de navios da China

Manila esteve envolvida em um incidente com as forças navais de Pequim no início do mês, no Second Thomas Shoal, onde um navio americano encalhado está na base de uma discórdia.
Sputnik
As Filipinas informaram na terça-feira (26) que conseguiram entregar suprimentos aos seus fuzileiros navais que se encontram bordo de um velho navio americano encalhado em um recife no mar do Sul da China, apesar do bloqueio por quatro navios chineses, escreve na quarta-feira (27) a agência norte-americana Associated Press (AP).
A ação aconteceu no Second Thomas Shoal, uma área que Manila vê como sua zona econômica exclusiva, enquanto Pequim rebate que o navio americano da Segunda Guerra Mundial foi encalhado para alargar o território reivindicado pelas Filipinas.
Segundo a agência norte-americana, o sucedido foi monitorizado por um avião da Marinha dos EUA. Kanishka Gangopadhyay, porta-voz da Embaixada dos EUA nas Filipinas, não deu detalhes sobre o incidente, apenas referindo que "todas as nossas atividades militares nas Filipinas são conduzidas em total coordenação com nossos aliados filipinos".
"Estamos felizes por a missão de reabastecimento ter sido bem-sucedida, não obstante todos os bloqueios perigosos e outras ações", disse à AP o comandante Emmanuel Dangate, do Cabra, um navio da Guarda Costeira filipina.
A Guarda Costeira da China tem referido sua oposição às atividades das Filipinas. Na manhã de terça-feira (22) um dos tripulantes de uma embarcação chinesa emitiu um aviso enquanto ambos os lados afirmavam seus direitos territoriais durante uma troca de mensagens de rádio.
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"Para evitar erros de cálculo, saiam e se mantenham afastados, caso contrário, vocês terão total responsabilidade por todas as consequências", disse.
Uma vez que os navios filipinos permaneceram no local, o militar da Guarda Costeira alertou que, devido a essa contínua "infração e provocação, tomaremos contramedidas".
Em seguida, segundo a AP, os navios da Guarda Costeira da China passaram repetidamente à proa de dois dos navios filipinos e das embarcações de suprimento, e três posicionaram-se na frente do navio Cabra das Filipinas.
Isso ocorre depois que a China disparou no início de agosto um canhão de água contra um barco filipino que estava tentando abastecer o posto militar avançado há mais de duas semanas.
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