Ciência e sociedade

Cientistas descrevem fóssil sem precedentes de tartaruga jurássica de 150 milhões de anos (FOTOS)

Em um novo estudo publicado na PLOS One, cientistas da Universidade de Tubingen descreveram um espécime de uma tartaruga marinha jurássica, chamada Solnhofia parsonsi, que foi encontrado em uma pedreira de calcário no distrito de Solnhofen, no sul da Alemanha.
Sputnik
Os cientistas que estudam o passado pré-histórico da Terra fizeram um achado incomum – em suas mãos caíram fósseis perfeitamente preservados de uma tartaruga marinha do período Jurássico, que incluem um crânio e membros quase completos.
Há cerca de 150 milhões de anos, esta tartaruga marinha, com uma cabeça enorme, mergulhava em um mar tropical raso que cobria o território da Europa moderna, diz a CNN.
As espécies de tartarugas marinhas de hoje têm nadadeiras alongadas e rígidas para impulsioná-las através das profundezas do oceano.

Os fósseis desta tartaruga marinha foram descobertos pela primeira vez na década de 1970, mas o novo espécime "é o indivíduo mais bem preservado desta espécie", disse o autor principal do estudo, Felix Augustin, candidato a doutorado no departamento de geociências da Universidade de Tubingen, na Alemanha.

Fóssil de tartaruga jurássica

"É o primeiro que preserva o crânio completo, o casco completo, e também todos os quatro membros completos."

Os ossos estão conectados da mesma forma que durante a vida do animal, permitindo aos pesquisadores estudar a anatomia do espécime e obter informações sobre sua estrutura, modo de vida e história de evolução.
Em vida, a Solnhofia parsonsi media cerca de 30 centímetros de comprimento do nariz à cauda, e sua cabeça era "relativamente grande" – o crânio mede cerca de dez centímetros de comprimento, disse Augustin à CNN.
A cabeça da Solnhofia parsonsi tem uma forma triangular e quase metade do comprimento do casco. Por sua vez, a forma do casco é um pentágono.
Fóssil de tartaruga jurássica e desenho detalhado de sua casco
A enorme cabeça alongada ajudava a tartaruga a esmagar as cascas duras de presas como crustáceos. No entanto, isso não significa que a dieta animal consistisse apenas de invertebrados com casca.
Olhando para os membros curtos da tartaruga, os pesquisadores concluíram que o animal provavelmente não passava muito tempo em mar aberto. Em vez disso, a Solnhofia parsonsi pode ter sido uma espécie marinha costeira.
Esta é apenas a segunda espécie de uma antiga tartaruga com membros preservados. Este espécime lança alguma luz sobre a rica diversidade da vida na era mesozoica.
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