Assim, durante uma inspeção em 23 de julho, a equipe da AIEA observou várias minas na zona-tampão entre as cercas do perímetro interno e externo. Os especialistas destacaram que elas estavam localizadas em uma área restrita à qual o pessoal de manutenção da estação não tinha acesso. Os especialistas não encontraram tais minas no perímetro interno durante a inspeção.
"Nossa equipe discutiu esta descoberta com a estação e disseram-lhe que era uma solução militar, em uma área controlada por militares. [...] Mas a presença de tais explosivos não está em conformidade com as normas de segurança da AIEA e as regras de segurança nuclear e cria pressão psicológica adicional sobre o pessoal de estação", disse Grossi.
Além disso, ele sublinhou que qualquer detonação destas minas não deverá afetar a segurança nuclear da instalação e, por isso, a equipe continuará a interagir com a estação.
Na semana passada, Rafael Grossi afirmou que os especialistas da agência realizaram verificações adicionais na usina nuclear de Zaporozhie e não encontraram equipamentos militares pesados, explosivos ou minas lá.
A usina nuclear de Zaporozhie, a maior usina nuclear da Europa, está localizada na margem esquerda do rio Dniepre, perto da cidade de Energodar. A usina nuclear ficou sob controle russo em outubro de 2022. A AIEA, por sua vez, declarou várias vezes a necessidade de criar uma zona de segurança ao redor da instalação.