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Em reunião com governadores, Lula rechaça 'golpe' e promete 'chegar a quem financiou' atos

Em reunião com os 27 governadores, ministros de Estado e presidentes dos demais Poderes da República, nesta segunda-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva exaltou o encontro "inédito", pediu união nacional e garantiu que o governo investigará e punirá os financiadores dos atos de vandalismo de bolsonaristas em Brasília no domingo (8).
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"Conseguimos da forma mais tranquila saber que as pessoas foram retiradas, e há quase 1.500 pessoas presas. E vão ficar até que a gente termine o inquérito. Não vamos parar de investigar esses que foram possivelmente vítimas, que são massa de manobra, que receberam ajuda, lanche, comida para vir aqui protestar, porque os mandantes certamente não vieram aqui. Queremos saber quem financiou, quem custeou, quem pagou para as pessoas ficarem tanto tempo", declarou Lula em seu pronunciamento.
"Vocês sabem que sou especialista em acampamento e greve. Não é possível o movimento durar o tempo que durou se não tiver gente garantindo o café, o almoço e a janta", completou.
No encontro, o presidente lamentou a atuação da polícia na invasão da Praça dos Três Poderes, que acarretou na depredação dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo Lula, os militantes que invadiram as sedes dos três Poderes não tinham uma pauta de reivindicações, pois queriam apenas um "golpe".

"Não fizemos nada, até que eles fizeram, fizeram aquilo que não esperávamos que fizessem. Depois de 1º de janeiro, o domingo mais democrático que a capital colheu, com milhares de pessoas participando da festa da posse, em que o presidente não esperou para me passar a faixa, depois de toda essa festa democrática todos nós fomos pegos de surpresa", declarou Lula.

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Segundo o presidente, "a polícia e inteligência de Brasília negligenciou" os atos. Ele afirmou que, pelas imagens reproduzidas na Internet e pelos diversos veículos de comunicação, "é fácil ver os policiais conversando com os agressores".
"No dia 30, na minha diplomação, o quebra-quebra que teve em Brasília, a Polícia Militar acompanhava as pessoas tocando fogo em ônibus, e nada foi feito. Havia uma conivência explícita da polícia apoiando os manifestantes", disse.
No fim de seu discurso, Lula afirmou que "em nome de defender a democracia, não seremos autoritários com ninguém, mas também não seremos mornos com ninguém". "Vamos investigar e chegar a quem financiou", disparou.
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