Panorama internacional

Acadêmico adverte de consequências 'desastrosas' de novas sanções dos EUA contra Rússia

Os EUA podem enfrentar dificuldades ainda maiores em caso de introdução de novas sanções antirrussas, escreveu em artigo de opinião no jornal The Hill o professor de assuntos internacionais Marc L. Busch.
Sputnik
Em meados de outubro, foi noticiado que a administração do presidente dos EUA, Joe Biden, estava estudando a possibilidade de proibir a importação de alumínio russo como parte das sanções relacionadas à operação especial na Ucrânia.
A Casa Branca está considerando três opções: proibição direta de fornecimento, um forte aumento nos impostos e sanções contra a empresa de produção de alumínio United Co. Rusal International PJSC. No entanto, de acordo com Busch, tal medida poderia prejudicar Washington mais do que Moscou.

"Em vez disso, a proibição poderia desencadear a introdução de tarifas antidumping e taxas de retaliação, agravando a crescente inflação que os americanos enfrentam atualmente", aponta o professor.

A indústria dos EUA consome cerca de 15% do alumínio russo anualmente, uma vez que as usinas americanas não conseguem lidar com o "apetite" do país.
Ao longo dos anos, a demanda só aumentará, por isso a imposição de tais sanções seria desvantajosa para os EUA. Busch enfatizou que a escassez de alumínio pode ter sérias consequências.
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Anteriormente, Rusal e outras empresas russas disseram que a proibição desestabilizaria os mercados de metais em todo o mundo. Rússia é a segunda maior produtora mundial de alumínio, depois da China, que é crucial para a maioria das indústrias pesadas.
Somente nos EUA, os suprimentos russos tradicionalmente representam cerca de 10% do total de importações de alumínio, com dados mostrando que a Rússia foi a terceira maior exportadora para os EUA em agosto.
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