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Em semana de eleições no Brasil, Senado dos EUA aprova moção a favor da democracia brasileira

Embora não traga o nome de Bolsonaro explicitamente, senadores vêm mencionando, uma série de vezes nas últimas semanas incluindo ontem (27), as ameaças do presidente brasileiro ao sistema eleitoral.
Sputnik
O Senado norte-americano aprovou ontem (29) resolução a favor do respeito à democracia no Brasil. De acordo com o jornal Valor Econômico, o texto aprovado pede que o governo Bolsonaro "garanta que as eleições de outubro de 2022 sejam conduzidas de uma maneira livre, justa, crível, transparente e pacífica".
A resolução foi conduzida pelos senadores Bernie Sanders, com apoio de Tim Kane, chefe do subcomitê de Relações Exteriores do Congresso para o hemisfério Ocidental; Patrick Leahy, presidente pró-tempore do Senado; Jeff Merkley, Richard Blumenthal e Elizabeth Warren, relata a mídia.
O texto havia sido apresentado no começo do mês, junto à iniciativa similar na Câmara. Embora não traga o nome de Bolsonaro explicitamente, Sanders mencionou uma série de vezes nas últimas semanas, inclusive ontem (27) na tribuna do Parlamento, as ameaças do brasileiro ao sistema eleitoral.
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Na última semana, Sanders havia reclamado na tribuna do Senado da falta de adesão de representantes do Partido Republicano à moção. O ex-presidente, Donald Trump, manifestou apoio público a Bolsonaro nas eleições. A resolução foi aprovada ontem sem objeções dos republicanos da casa.
"Seria inaceitável que os EUA reconheçam um governo que chegue ao poder de forma não democrática e mandaria uma mensagem terrível a todo o mundo. É importante que o povo do Brasil saiba que estamos do lado deles, do lado da democracia", disse Bernie.
No final de agosto, o senador declarou que Washington deveria parar a parceria com Brasil se resultado das eleições não for respeitado, conforme noticiado.
O documento aprovado ontem (29) pede ainda que o governo do democrata Joe Biden reconheça automaticamente o resultado do pleito no Brasil, em um esforço para mostrar que o presidente, Jair Bolsonaro, não terá apoio internacional caso não aceite o resultado das urnas, e reveja as relações entre os países em caso de golpe.
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O assunto também foi discutido em reunião entre o ex-presidente Lula e o chefe da Embaixada e Consulados norte-americanos no Brasil, Doug Koneff, na semana passada.
Segundo a mídia, esta não é a única iniciativa dos parlamentares estadunidenses contra Bolsonaro. No último dia 9, deputados e senadores entregaram uma carta a Biden em que alertam para o risco de golpe na eleição de outubro e acusam nominalmente Bolsonaro de ameaçar as instituições democráticas.
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