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Com a mais recente retaliação a Israel, Irã dissuadiu Tel Aviv e Washington, diz Scott Ritter

© AFP 2023 / Atta KenareVeículos passam ao lado de prédio que retrata um cartaz com mísseis e drones voando ao lado de uma bandeira israelense rasgada, com um texto em persa que diz "o próximo tapa será mais forte" e em hebraico "seu próximo erro será o fim do seu Estado falso", em Teerã, Irã, 14 de abril de 2024
Veículos passam ao lado de prédio que retrata um cartaz com mísseis e drones voando ao lado de uma bandeira israelense rasgada, com um texto em persa que diz o próximo tapa será mais forte e em hebraico seu próximo erro será o fim do seu Estado falso, em Teerã, Irã, 14 de abril de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 14.04.2024
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O ex-inspetor de armas das Nações Unidas vê o lançamento de centenas de drones e mísseis iranianos contra Israel como contrariando a mentalidade israelense de que não sofrerá "nenhuma consequência".
O Irã "restabeleceu a dissuasão" ao lançar seu ataque retaliatório com drones e mísseis contra Israel, disse o ex-inspetor de armas da ONU e ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA à Sputnik.
O Irã lançou um grande ataque de centenas de drones e mísseis contra Israel durante a noite de domingo (14), com a ajuda do Hezbollah e dos houthis do Iêmen. Os militares de Israel afirmaram que 99% dos projéteis foram interceptados.
"Israel acreditava que poderia lançar um ataque contra o Irã e não sofrer nenhuma consequência. Esse não é mais o caso", notou Scott Ritter.
Enquanto os militares israelenses examinam os danos causados às suas bases, "eles entendem o seguinte: que o Irã escolheu deliberadamente não infligir uma ação extremamente letal contra Israel", observou ele.
O ataque do Irã foi projetado para enviar um sinal a Israel e aos Estados Unidos, "de que poderia fazer o que fez em Nevatim, em Ramona, em qualquer lugar em Israel, em qualquer lugar no Oriente Médio, e não havia nada que os Estados Unidos ou Israel pudessem fazer para o impedir".
"Isso é dissuasão. Isso significa que, no futuro, se Israel ou os Estados Unidos planejarem realizar uma ação contra o Irã, eles terão de avaliar as consequências de suas ações sabendo que o Irã tem a capacidade de alcançar e atingir qualquer lugar, qualquer ponto, qualquer alvo na região em Israel ou fora de Israel, e não há nada que alguém possa fazer para impedir isso", disse o oficial de inteligência aposentado do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA.

Scott Ritter avalia possibilidade de resposta de Israel

Para Ritter, é por isso que Joe Biden, presidente dos EUA, "tem estado ao telefone com Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, dizendo-lhe: 'Não retalie'".
A questão mais importante no momento, de acordo com Scott Ritter, é: "O que Israel vai fazer?"
"Israel vem tentando empurrar os Estados Unidos para um conflito maior com o Irã há algum tempo. […] Algumas pessoas especularam que o ataque israelense contra o consulado iraniano em Damasco foi planejado exatamente para esse fim [...] Mas os iranianos foram muito inteligentes na elaboração de sua resposta, assim como fizeram quando retaliaram os Estados Unidos pelo assassinato de Qassem Soleimani em 2020", opinou, referindo que Teerã avisou Washington do ataque com mísseis na época, e parece ter dissuadido os EUA posteriormente.
Após o ataque sem precedentes do Irã, Tel Aviv "entende que qualquer escalada pode significar a destruição de Israel", apontou o especialista.
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"Israel provavelmente não lançará uma resposta contra o Irã. Israel foi dissuadido de lançar essa resposta pelas ações iranianas. Nesse caso, podemos dizer que a Operação Promessa Verdadeira foi uma operação extraordinariamente bem-sucedida, não apenas para o Irã, mas também para o mundo, porque a dissuasão iraniana agora é uma realidade que pode manter Israel e os Estados Unidos sob controle", concluiu ele.
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