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Analista explica por que Netanyahu 'não tem medo' de desafiar Biden em meio ao conflito em Gaza

© AP Photo / Debbie HillO então vice-presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, apertam as mãos no gabinete do primeiro-ministro em Jerusalém, em 9 de março de 2016 (foto de arquivo)
O então vice-presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, apertam as mãos no gabinete do primeiro-ministro em Jerusalém, em 9 de março de 2016 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 12.03.2024
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No domingo (10), o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse à mídia que planeja avançar com invasão da cidade de Rafah, no sul de Gaza, apesar da oposição declarada do presidente dos EUA, Joe Biden, à operação.
O premiê israelense Benjamin Netanyahu não teme o presidente dos EUA, Joe Biden, porque ele sabe que Biden depende do voto sionista nas próximas eleições presidenciais norte-americanas em novembro, declarou em entrevista à Sputnik o analista político e correspondente de guerra Elijah Magnier.
"Temos um desafio claro de Israel para o presidente Biden e, em particular, Benjamin Netanyahu", disse Magnier, referindo-se aos comentários de Netanyahu de que Israel invadirá Rafah, apesar dos protestos de Biden.

"Este desafio vem de uma posição de força, onde Netanyahu está dizendo a Biden 'você perdeu o apoio dos árabes americanos, e se ficar contra mim, você vai perder o apoio dos sionistas [também] [...]. Vai arriscar mesmo já tendo uma forte oposição representada pelo [ex-presidente dos EUA] Donald Trump? [...] É por isso que Benjamin Netanyahu não tem medo de confrontar e desafiar Joe Biden", observou o analista.

Magnier observou que sem o apoio dos EUA, Israel seria incapaz de continuar seu bombardeio e invasão de Gaza por muito tempo. "Então, basicamente, os EUA estão dizendo: 'Estou feliz por ser um parceiro em toda a matança por causa da minha eleição. Eu vou apoiar isso e você pode fazer o que quiser, mas permita-me ir à televisão e reclamar sobre isso'."
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"Quando você faz isso", acrescentou Magnier, "é uma estratégia de propaganda conhecida para dizer 'oh, eu sinto muito. Isso é drama, isso é uma tragédia, isso é inaceitável, mas então você continua fornecendo armas. É uma clara contradição de tudo em que a humanidade acredita."

"Por que os americanos estão reclamando, mas estão usando o veto nas Nações Unidas para parar o cessar-fogo, proteger Israel e permitir que Israel continue a matar?", indagou o correspondente de guerra.

Apesar do número de mortos pela guerra contra o Hamas já superar 31 mil pessoas só na Faixa de Gaza, o primeiro-ministro de Israel ainda declarou que não haverá cessar-fogo durante o Ramadã, considerada a data mais importante do calendário religioso muçulmano e que começou nesta segunda-feira (11) nos países islâmicos.
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