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Apoio de Biden a Israel minou atitudes contra os EUA em países muçulmanos, revela mídia

© AP Photo / Alex BrandonJoe Biden, presidente dos EUA, fala com repórteres ao sair da Igreja Católica Romana St. Edmund após participar de uma missa, em Rehoboth Beach, Delaware, EUA, 17 de fevereiro de 2024
Joe Biden, presidente dos EUA, fala com repórteres ao sair da Igreja Católica Romana St. Edmund após participar de uma missa, em Rehoboth Beach, Delaware, EUA, 17 de fevereiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 18.02.2024
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Segundo informações fornecidas por funcionários e serviços de inteligência americanos, os "ajustes significativos nas mensagens dos EUA" para proteger os civis não chegam para compensar o apoio claro a Israel.
Diplomatas norte-americanos nos países do Oriente Médio têm enviado sinais de alerta a Washington sobre um sentimento antiamericano duradouro que surgiu na região devido ao contínuo apoio do governo de Joe Biden às ações militares de Israel em Gaza, informou na sexta-feira (16) a emissora norte-americana ABC News.
Os avisos, coletados nas últimas semanas pelo Departamento de Estado dos EUA e vistos pela mídia, supostamente motivaram uma reunião entre funcionários e os serviços de inteligência dos EUA para avaliar a dimensão do dano causado.
Uma mensagem da missão diplomática dos EUA no Marrocos, por exemplo, indicou que "colaboradores" pró-EUA no país do noroeste da África achavam que os laços com Washington eram agora "tóxicos" devido ao "cheque em branco" que Biden deu a Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, para as operações de Israel em Gaza.
"As críticas à posição dos EUA se mostraram persistentes, apesar dos ajustes significativos nas mensagens dos EUA para destacar a necessidade de proteger vidas civis", alertou a mensagem, marcada como "sensível", se queixando de que as mensagens dos EUA sobre o envio de "ajuda para Gaza ou pressão diplomática para que Israel evite vítimas civis" estavam sendo ignoradas pela imprensa marroquina.
As contas da embaixada nas redes sociais foram alvo de "ondas de unfollow ou comentários negativos e abusivos", detalhou o relato.
Esta imagem mostra uma bateria do sistema de defesa aérea Cúpula de Ferro de Israel na cidade de Ashdod, no sul, em 13 de maio de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 14.02.2024
Panorama internacional
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Um oficial contou à ABC News que o problema se espalhou além do Oriente Médio, atingindo outros países de maioria muçulmana, inclusive a Indonésia. Enquanto isso, o "golpe duradouro na popularidade dos EUA" no Oriente Médio é considerado uma ameaça aos planos dos EUA para a diplomacia pós-conflito, bem como para a pressão de Washington para a normalização com Israel.
Segundo o veículo de imprensa, as agências de inteligência dos EUA acreditam que a negatividade permanecerá a longo prazo, enquanto fontes no Departamento de Estado temem que possa levar até uma "geração" para restabelecer os laços desgastados.
Este ambiente está presente nos próprios EUA, com o governo discretamente entrando em contato com as comunidades muçulmanas americanas em estados em conflito, como o Michigan, em meio a temores de que elas possam se abster no voto presidencial de novembro, em vez de saírem para reeleger Joe Biden.
Os assessores de Biden procuraram equilibrar seus comentários sobre a crise palestino-israelense nas últimas semanas, mas, apesar da postura, os EUA parecem estar prosseguindo com os planos de fornecer armas adicionais a Israel, incluindo kits de orientação e componentes de bombas guiadas JDAM, ao mesmo tempo que pedem publicamente um cessar-fogo temporário.
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