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Depois de bombas e falta de água e alimentos, Gaza enfrenta surto de doenças infecciosas

© OMS/ReproduçãoPopulação desabrigada em meio a abrigos improvisados na Faixa de Gaza
População desabrigada em meio a abrigos improvisados na Faixa de Gaza - Sputnik Brasil, 1920, 29.12.2023
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Há quase três meses convivendo com bombardeios diários israelenses, a população de quase 2,3 milhões de pessoas da Faixa de Gaza enfrenta um surto de doenças infecciosas. A guerra na região já deixou mais de 21,3 mil palestinos mortos, a maioria mulheres e crianças.
Após as bombas e a falta de água potável e alimentos, o enclave corre o constante risco de um grande surto de doenças infecciosas. O alerta é do chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"À medida que as pessoas continuam sendo massivamente deslocadas no sul da Faixa de Gaza, com algumas famílias forçadas a se moverem várias vezes e muitas se abrigando em instalações de saúde superlotadas, meus colegas da OMS e eu permanecemos muito preocupados com o aumento da ameaça de doenças infecciosas", disse Ghebreyesus no X.

Os números na região já são alarmantes: pelo menos 180 mil pessoas sofrem com doenças respiratórias, enquanto 136 mil casos de diarreia foram registrados, a maioria em crianças menores de cinco anos.
Além disso, houve 55,4 mil casos de piolhos e sarna; 5.330 casos de catapora; e 42,7 mil casos de doenças na pele. Por conta dos bloqueios por terra, ar e água promovidos por Israel, a chegada de kits para controle das doenças, medicamentos e testes se dá a conta-gotas e não é suficiente para toda a população.
A situação fica ainda pior por conta do colapso em todas as unidades de saúde do território, que também não foram poupadas pelos ataques israelenses. Em toda a Faixa de Gaza, mais de 80% da população estão desabrigados e vivem em abrigos improvisados.
Cerca de 2 milhões de pessoas passam fome no território — ou 90% da população — diante da pouca ajuda humanitária que tem entrado através do posto de controle de Rafah, na fronteira com o Egito. Outros 15% estão em situação de catástrofe, com fome e exaustão.
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Tentativas de cessar-fogo

Uma delegação do Hamas chegou ao Cairo, capital do Egito, nesta sexta-feira (29), para discutir um plano de cessar-fogo elaborado pelo país. A proposta prevê a libertação escalonada de reféns ainda mantidos em cárcere pelo Hamas, que em troca receberia prisioneiros palestinos, a exemplo do que já ocorreu durante uma semana de pausa humanitária, que terminou no início deste mês.
Entre as exigências do movimento para a libertação dos reféns estão "garantias de uma completa retirada militar israelense de Gaza". Das 240 pessoas sequestradas desde o dia 7 de outubro, quando o Hamas realizou um ataque sem precedentes contra Israel, 80 já foram libertadas.
Na ocasião, que levou o país judeu a declarar guerra contra Gaza, cerca de 1,2 mil pessoas morreram.
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