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Irã nega envolvimento em ataques no mar Vermelho e afirma que houthis têm 'ferramentas próprias'

© AFP 2023 / Ahmed HasanNavios-tanque e navios de carga perto da entrada do canal de Suez, na cidade portuária de Suez, no mar Vermelho. Egito, 28 de março de 2021
Navios-tanque e navios de carga perto da entrada do canal de Suez, na cidade portuária de Suez, no mar Vermelho. Egito, 28 de março de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 24.12.2023
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Após a enxurrada de ataques de drones e mísseis pelas Forças Armadas iemenitas leais ao movimento Ansar Allah (houthis) contra cargueiros ligados a Israel no mar Vermelho e no mar da Arábia, o Pentágono afirmou no sábado (23) que um veículo aéreo não tripulado supostamente disparado do Irã atingiu um navio-tanque na costa da Índia.
O vice-ministro das Relações Exteriores do Irã rejeitou as acusações dos EUA de que o seu país tem estado "profundamente envolvido" nos ataques das forças iemenitas a navios mercantes ligados a Israel que navegam no mar Vermelho.
"A resistência tem as suas próprias ferramentas [...] e atua de acordo com as suas próprias decisões e capacidades", disse Ali Bagheri, citado pela agência de notícias Mehr.
"O fato de certas potências, como os norte-americanos e os israelenses, sofrerem ataques do movimento de resistência [...] não deve de forma alguma pôr em causa a realidade da força da resistência na região", acrescentou.
O ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amirabdollahian, também rejeitou anteriormente as acusações dos EUA sobre o envolvimento de Teerã nos ataques dos houthis a navios comerciais. "A acusação é infundada", disse Amirabdollahian em uma conferência de imprensa em Teerã. Ele acrescentou que os ataques no mar Vermelho são "uma decisão totalmente iemenita de apoio e defesa de Gaza".

"Dissemos francamente ao lado dos EUA que eles [Ansar Allah] tomaram a decisão de acordo com a sua própria posição. Nunca ordenamos que fizessem nada. Nem vamos ordenar que parem de agir", disse o ministro.

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Ele também reiterou o alerta de que a hidrovia permaneceria insegura enquanto Israel prosseguir com a sua guerra contra o Hamas em Gaza.
"Para nós, a segurança regional é muito importante. Não pretendemos alargar o âmbito da guerra", observou Amirabdollahian. "A solução para o problema não é estabelecer uma chamada 'coligação' no mar Vermelho, mas parar o derramamento de sangue de mulheres, crianças e civis na Faixa de Gaza e Cisjordânia."
Após a escalada do conflito armado entre Israel e o movimento palestino Hamas em outubro, o movimento rebelde Ansar Allah do Iêmen intensificou os seus ataques a navios de carga ligados a Israel no mar Vermelho e no mar da Arábia, prometendo continuar os ataques até que Israel termine as suas ações militares na Faixa de Gaza. No sábado (23), o Pentágono acusou abertamente o Irã de atacar navios em meio à nova escalada do conflito israelo-palestino.
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