- Sputnik Brasil, 1920
Panorama internacional
Notícias sobre eventos de todo o mundo. Siga informado sobre tudo o que se passa em diferentes regiões do planeta.

O norte é o Sul Global: parceria das Marinhas do Brasil e da China ajudaria a 'estabilidade mundial'

© Divulgação / Marinha do BrasilExercício operacional realizado pelo centro de instrução do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil, fevereiro de 2022
Exercício operacional realizado pelo centro de instrução do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil, fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 06.12.2023
Nos siga no
Especiais
Desde a Segunda Guerra Mundial, as associações militares brasileiras, em especial a da Marinha, possuem um estreitamento com os Estados Unidos. Os relacionamentos militares feitos pelas Forças Armadas do país são condicionados por essa cessão "privilegiada" que o Brasil dá aos Estados Unidos.
A China tem se dedicado a um processo de fortalecimento e modernização das suas Forças Armadas nos últimos anos, com destaque na expansão de sua Marinha. Até dezembro de 2022, a frota naval chinesa ultrapassou a dos Estados Unidos em números totais, com 370 navios contra 291.
Contudo, os Estados Unidos ainda mantêm a primazia em termos de navios de combate de superfície, com 122 unidades contra 92 da China, refletindo a ênfase americana na prontidão e no poderio naval.
Para entender como melhor se relacionam as Marinhas do Brasil e da China e por quais motivos a ligação não é fortalecida, a Sputnik Brasil procurou especialistas no assunto.
Qual é a base da Força de Submarinos da Marinha da Rússia? - Sputnik Brasil, 1920, 01.12.2023
Multimídia
O que constitui o núcleo da Força de Submarinos da Marinha da Rússia?

Qual a relação entre Brasil e China?

O professor de economia internacional da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e pesquisador das relações Brasil-China Marcos Cordeiro destacou a importância de compreender o posicionamento geopolítico do Brasil e suas relações estratégicas antes de abordar a cooperação naval com a China.
Ele ressaltou a histórica proximidade entre a Marinha brasileira e os Estados Unidos desde a Segunda Guerra Mundial, o que influencia significativamente os laços militares do país sul-americano.
Além das questões políticas, o professor também enfatizou o desafio geográfico. "A distância considerável entre o Brasil, focado no Atlântico Sul, e a China, com interesses no Pacífico Oriental, cria uma barreira adicional para aprofundar a cooperação naval", pontua.
Mesmo diante desses obstáculos, segundo Cordeiro, a cooperação entre Brasil e China é desejável em diversos aspectos.

"Ambos os países compartilham responsabilidades globais no G20 e no grupo do BRICS, além de colaborarem em organizações internacionais como a ONU [Organização das Nações Unidas]. Uma parceria mais estreita entre as duas Marinhas poderia não apenas fortalecer laços militares, mas também contribuir para a estabilidade mundial", sublinha à Sputnik Brasil.

Reator nuclear China Shidaowan - Sputnik Brasil, 1920, 06.12.2023
Panorama internacional
China anuncia início de operação do 1º reator nuclear de 4ª geração do mundo (FOTOS)
Cordeiro apontou que, para uma cooperação mais intensa do Brasil com a China, seria necessário superar os constrangimentos derivados dos acordos militares já estabelecidos com os Estados Unidos.

"Para além de questões relacionadas ao interesse e à colaboração entre os governos do Brasil e da China, há certa tradição militar brasileira de alinhamento com os Estados Unidos, e isso cria algum tipo de constrangimento para um aprofundamento maior entre Brasil e China em questões militares", reforça.

Apesar dos entraves, segundo o especialista, há potencial para uma colaboração "mutuamente benéfica" entre as duas nações em diversos âmbitos, indo além das limitações impostas por alianças preexistentes.

Qual é a Marinha mais poderosa do mundo?

Nas últimas décadas, a China vem garantindo um grande desenvolvimento de suas forças militares e, atualmente, ocupa a segunda colocação no mundo.
O país tem uma frota com 425 unidades em seu inventário ativo, sendo três porta-aviões, 72 submarinos, 48 contratorpedeiros, 71 corvetas, 44 fragatas, 49 navios de guerra, 127 navios de patrulha e 11 navios de assalto anfíbio.
Nesta foto divulgada pelo site oficial do gabinete da presidência iraniana, o presidente Ebrahim Raisi, à esquerda, aperta a mão de seu homólogo chinês, Xi Jinping, em cerimônia oficial de boas-vindas em Pequim. China, 14 de fevereiro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 04.12.2023
Panorama internacional
Entrada do Irã no BRICS é 'de suma importância, principalmente para a China', aponta especialista
No contexto submarino, a China apresenta seis submarinos de ataque nuclear.
A China ainda conta com uma frota de 56 submarinos de ataque a diesel, uma categoria na qual os Estados Unidos não mantêm ativos, demonstrando uma estratégia naval chinesa que ainda busca diversificar suas capacidades.
Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала