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Defesa garante que fronteira brasileira não será usada por tropas da Venezuela e da Guiana
Defesa garante que fronteira brasileira não será usada por tropas da Venezuela e da Guiana
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O ministro da Defesa do Brasil, José Múcio, garantiu nesta quarta-feira (6) que o território do país não será usado por tropas estrangeiras por conta da... 06.12.2023, Sputnik Brasil
2023-12-06T11:18-0300
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Em entrevista ao portal g1, Múcio afirmou que não será permitida a eventual passagem tanto de tropas da Venezuela quanto da Guiana pela região. A única ligação por terra entre os dois países é através de Roraima. "Nossas fronteiras estão garantidíssimas. Não vamos permitir [a entrada de militares estrangeiros], isso eu asseguro", disse.No último fim de semana, mais de 10 milhões de pessoas participaram de um plesbicito na Venezuela sobre o reconhecimento do território a oeste do rio Essequibo como parte do país. Ao todo, foram cinco perguntas sobre a questão, e todas tiveram "sim" com percentual acima de 95%.As Forças Armadas do Brasil também reforçaram o efetivo em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, e na capital, Boa Vista. Foram enviadas 16 viaturas blindadas e 12 jipes, e houve a intensificação da presença da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, que tem cerca de 2 mil militares, na região.Maduro anuncia novo mapa do paísEm anúncio realizado durante sessão do Conselho Federal de Governo, o presidente Nicolás Maduro determinou a criação de um novo mapa da Venezuela, com o território, e também um do estado da Guiana Essequiba. A região, que é praticamente toda coberta por floresta, tem cerca de 120 mil habitantes e corresponde a 70% da área da Guiana.O governo venezuelano ainda determinou a instalação da Alta Comissão Nacional para a Defesa de Essequibo, dois dias após o referendo, e também um plano de atenção social à população local, com a realização de um censo e concessão da nacionalidade venezuelana, benefícios sociais e entrega de carteiras de identidade.Enquanto Georgetown diz que o imbróglio em torno da região foi resolvido em um tribunal arbitral em 1899, Caracas defende que um terço do território do país vizinho está nos seus limites, definidos por fronteiras naturais desde a independência da Espanha. Conforme o governo venezuelano, um acordo com o Reino Unido em 1966, antes da independência da Guiana, anulou o laudo arbitral.As tensões entre os dois países sul-americanos aumentaram após as licitações da Guiana para a exploração de petróleo em Essequibo por empresas dos Estados Unidos, principalmente a gigante ExxonMobil.Após o referendo, no domingo (4), foram abertas licitações pela empresa venezuelana PDVSA para a exploração de petróleo no mar de Essequibo.Descobertas fizeram PIB da Guiana crescer 62,3% só em 2022Dos 14 blocos petrolíferos descobertos na região de Essequibo, oito são explorados pela ExxonMobil. Para Caracas, há uma conspiração dos Estados Unidos para retirar os seus direitos sobre o território, que representa dois terços da Guiana.A expansão petrolífera na Guiana fez dela o país com o maior índice de crescimento mundial: só neste ano, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), já ultrapassa 38%. No ano passado, o número chegou a 62,3%, e a taxa de pobreza caiu de 60% para 40% entre 2006 e 2022. A Guiana tem pouco mais de 800 mil habitantes e é o único país da América do Sul que tem o inglês como idioma oficial.
https://sputniknewsbr.com.br/20231205/ministerio-da-defesa-envia-20-blindados-para-fronteira-com-venezuela-31846083.html
https://sputniknewsbr.com.br/20231204/venezuela-sim-vence-referendo-em-essequibo-confirma-conselho-nacional-eleitoral-31826856.html
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Defesa garante que fronteira brasileira não será usada por tropas da Venezuela e da Guiana
11:18 06.12.2023 (atualizado: 12:38 06.12.2023) O ministro da Defesa do Brasil, José Múcio, garantiu nesta quarta-feira (6) que o território do país não será usado por tropas estrangeiras por conta da questão entre Venezuela e Guiana. A tríplice fronteira fica no estado de Roraima, que já teve reforço das Forças Armadas.
Em entrevista ao portal g1, Múcio
afirmou que não será permitida a eventual passagem tanto de tropas da Venezuela quanto da Guiana pela região. A
única ligação por terra entre os dois países é através de Roraima. "Nossas fronteiras estão garantidíssimas. Não vamos permitir [a entrada de militares estrangeiros], isso eu asseguro", disse.
No último fim de semana, mais de 10 milhões de pessoas participaram de um plesbicito na Venezuela sobre o reconhecimento do território a oeste do rio Essequibo como parte do país. Ao todo, foram cinco perguntas sobre a questão, e todas tiveram "sim" com percentual acima de 95%.
As Forças Armadas do Brasil também reforçaram o efetivo em Pacaraima, na
fronteira com a Venezuela, e na capital, Boa Vista. Foram enviadas
16 viaturas blindadas e 12 jipes, e houve a intensificação da presença da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, que tem cerca de 2 mil militares, na região.
5 de dezembro 2023, 01:05
Maduro anuncia novo mapa do país
Em anúncio realizado durante sessão do Conselho Federal de Governo, o
presidente Nicolás Maduro determinou a criação de um novo mapa da Venezuela, com o território, e também um do estado da Guiana Essequiba. A região, que é praticamente toda coberta por floresta,
tem cerca de 120 mil habitantes e corresponde a 70% da área da Guiana.
O governo venezuelano ainda determinou a instalação da Alta Comissão Nacional para a Defesa de Essequibo, dois dias após o referendo, e também um plano de atenção social à população local, com a realização de um censo e concessão da nacionalidade venezuelana, benefícios sociais e entrega de carteiras de identidade.
Enquanto Georgetown diz que o imbróglio em torno da região foi resolvido em um tribunal arbitral em 1899, Caracas defende que um terço do território do país vizinho está nos seus limites, definidos por fronteiras naturais desde a independência da Espanha. Conforme o governo venezuelano, um acordo com o Reino Unido em 1966, antes da independência da Guiana, anulou o laudo arbitral.
As
tensões entre os dois países sul-americanos aumentaram após as licitações da Guiana para a exploração de petróleo em Essequibo por empresas dos Estados Unidos, principalmente a gigante ExxonMobil.
Após o referendo, no domingo (4), foram abertas licitações pela empresa venezuelana PDVSA para a exploração de petróleo no mar de Essequibo.
4 de dezembro 2023, 00:16
Descobertas fizeram PIB da Guiana crescer 62,3% só em 2022
Dos 14 blocos petrolíferos descobertos na região de Essequibo, oito são explorados pela ExxonMobil.
Para Caracas, há uma
conspiração dos Estados Unidos para retirar os seus direitos sobre o território, que representa dois terços da Guiana.
A expansão petrolífera na Guiana fez dela o país com o maior índice de crescimento mundial: só neste ano, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), já ultrapassa 38%. No ano passado, o número chegou a 62,3%, e a taxa de pobreza caiu de 60% para 40% entre 2006 e 2022. A Guiana tem pouco mais de 800 mil habitantes e é o único país da América do Sul que tem o inglês como idioma oficial.
