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Venezuela suspende resultado das primárias presidenciais da oposição; EUA citam 'tomar medidas'

© AFP 2023 / Juan BarretoUma mulher vota em uma seção eleitoral em Bogotá em 22 de outubro de 2023, durante as eleições primárias da oposição venezuelana
Uma mulher vota em uma seção eleitoral em Bogotá em 22 de outubro de 2023, durante as eleições primárias da oposição venezuelana - Sputnik Brasil, 1920, 31.10.2023
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O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela anunciou na segunda-feira (30) a suspensão dos resultados das primárias presidenciais da oposição que ocorreram este mês.
A decisão do tribunal surge após o procurador-geral ter anunciado na semana passada que o seu gabinete está investigando as primárias e os membros da sua comissão organizadora por violações eleitorais, crimes financeiros e conspiração.
O governo denunciou supostas fraudes desde o dia da votação, ocorrida no dia 22 deste mês e que foi organizada sem ajuda estatal, atraindo mais de 2,3 milhões de eleitores.
Tanto a investigação como a decisão surgem a pedido do deputado José Brito, que, segundo o tribunal, queria participar nas primárias. Brito não pertence a nenhum dos partidos participantes, segundo a Reuters.

"Na sequência do pedido de tutela preventiva e em consequência, ficam suspensos todos os efeitos das distintas fases do processo eleitoral conduzido pela Comissão Primária Nacional", afirmou o órgão venezuelano citado pela mídia.

A oposição e a vencedora das primárias, Maria Corina Machado, insistiram repetidamente que a votação de 22 de outubro foi transparente e justa.
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A decisão pode provocar a ira dos Estados Unidos, que este mês revogaram algumas sanções à indústria do petróleo e do gás e ao comércio de títulos em troca do acordo eleitoral, relembra a mídia.
O Departamento de Estado norte-americano já disse que restabelecerá as sanções se o governo de Nicolás Maduro não suspender as proibições a alguns candidatos da oposição e libertar prisioneiros políticos e estadunidenses "detidos injustamente" até o final de novembro.
"Pedimos a Nicolás Maduro e aos seus representantes que cumpram os compromissos que assumiram na assinatura do acordo sobre o roteiro político. O governo dos EUA tomará medidas se Maduro e os seus representantes não cumprirem os seus compromissos", disse um porta-voz do órgão.
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Ainda sobre a suspensão, o tribunal pede que a comissão apresente todos os documentos relacionados com a sua criação, registo de candidatos, registos de votação e outros documentos, disse o tribunal. A comissão também deve prestar contas da participação de candidatos como Machado, impedido de ocupar cargos públicos em uma decisão que a oposição considera ilegal.
O governo de Maduro e a oposição assinaram um acordo eleitoral em Barbados há duas semanas, o qual o Brasil foi um dos mediadores, concordando com os observadores internacionais e que cada lado pode escolher o seu candidato de acordo com regras internas.
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