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Chanceler turco sugere 'outras medidas' se a diplomacia falhar em cessar o bloqueio de Israel a Gaza

© AP Photo / Bilal HusseinHakan Fidan fala aos jornalistas durante uma conferência de imprensa em Beirute. Líbano, 17 de outubro de 2023
Hakan Fidan fala aos jornalistas durante uma conferência de imprensa em Beirute. Líbano, 17 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 18.11.2023
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Ofensiva israelense no enclave causou acirramento nas relações entre os governos do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, disse que seu país pode recorrer a medidas alternativas, caso a diplomacia não consiga suspender o bloqueio de Israel à Faixa de Gaza. A declaração foi dada neste sábado (18), em entrevista à rede Al Jazeera.

"Estamos usando métodos diplomáticos para derrubar o bloqueio, mas existem outras medidas, caso a diplomacia não dê frutos", disse Fidan.

O ministro acrescentou que países árabes e islâmicos formaram um comitê sobre a diplomacia de Gaza após a cúpula em Riad, na Arábia Saudita, realizada na semana passada.
Na entrevista, o chanceler informou que a Turquia pode romper relações diplomáticas com Israel, mas considera que esta deve ser uma decisão simultânea, tomada por vários países islâmicos, para que tenha um impacto significativo.
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"Desde o início do conflito, assumimos uma posição: as decisões devem ser tomadas simultaneamente, por muitos países islâmicos, países de todo o mundo, até mesmo na América Latina, para que sejam mais poderosos [os impactos causados]", disse Fidan.
Ele acrescentou que os países islâmicos devem apoiar-se mutuamente e agir como uma frente unida. Fidan destacou que, para Ancara, romper relações com Israel não é um problema, mas não faz sentido concentrar-se nessa questão no momento.
Fidan também falou sobre o Hamas, afirmando que o governo turco não considera o grupo como terrorista e que ele será uma das muitas organizações palestinas após a ocupação israelense na Faixa de Gaza.
"O Hamas é um movimento de libertação. Quando a ocupação israelense da Palestina e da Faixa de Gaza terminar, o Hamas será uma organização como outras organizações e partidos palestinos", disse Fidan.
Porém, ele destacou que a Turquia não apoia a violência contra civis, tanto palestinos quanto israelenses.
A Turquia vem elevando os esforços diplomáticos para alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza, bem como levantar o bloqueio israelense ao enclave. Na semana passada, o governo turco lançou um "ataque diplomático" para tentar promover o diálogo entre Israel e o grupo Hamas. A ideia é intensificar as conversas com os 45 países que se abstiveram de votar na Assembleia Geral das Nações Unidas sobre a situação em Gaza.
Ademais, a ofensiva israelense também causou acirramento nas relações entre os governos do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Erdogan já afirmou que Israel testa a paciência da Turquia ao sugerir um ataque nuclear contra a Faixa de Gaza e disse, na sexta-feira (17), que Israel tem armas nucleares, mas não quer admitir.
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