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Porta-voz de Israel diz que expansão de ataques não é início oficial da operação terrestre

© AFP 2023 / Belal AlsabbaghPrédios destruídos na cidade de Al-Zahra, Faixa de Gaza, em 20 de outubro de 2023, após bombardeio israelense durante a noite, em meio aos combates contínuos entre Israel e o grupo palestino Hamas
Prédios destruídos na cidade de Al-Zahra, Faixa de Gaza, em 20 de outubro de 2023, após bombardeio israelense durante a noite, em meio aos combates contínuos entre Israel e o grupo palestino Hamas - Sputnik Brasil, 1920, 27.10.2023
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Depois de as Forças de Defesa de Israel (FDI) dizerem que as operações terrestres em Gaza seriam iniciadas na noite de hoje (27), outro porta-voz das Forças Armadas israelenses, o tenente-coronel Peter Lerner, rebateu a informação e disse que as manobras conduzidas nesta sexta não marcam o início oficial dessa etapa da guerra pelo Estado judeu.
Mais cedo, segundo a ABC, o contra-almirante Daniel Hagari chegou a confirmar o início da incursão por terra por conta da intensificação dos ataques do Hamas e acrescentou que as Forças Armadas estavam "prontas para defender a segurança do país" em todas as frentes.
O jornal The Washington Post divulgou na sequência que os Estados Unidos tentaram fazer Israel desistir da ação por terra. Segundo a publicação, o governo americano acredita que a medida dificilmente vai fazer o Exército israelense atingir seus objetivos — após declarar guerra contra o Hamas, o país disse que eliminaria o movimento.
Além disso, a reportagem pontuou que a estratégia só vai provocar mais mortes de civis e baixas nas tropas de Israel, que chegou a convocar 360 mil reservistas. Apesar disso, Washington não ameaça retirar o apoio ao conflito. Segundo a Autoridade Palestina, uma incursão terrestre provocaria mais de 15 mil mortes, em uma guerra cujo saldo, até o momento, é de 8 mil óbitos e 18 mil feridos.
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Ataques se intensificaram

As FDI posicionaram tanques nas proximidades da fronteira com a Faixa de Gaza, e sirenes tocaram em cidades da região sul. "Continuaremos a atacar na cidade de Gaza e nos arredores", disse um porta-voz em discurso televisionado.
O Hamas acusou Israel de "cometer mais massacres e genocídios longe dos olhos da imprensa e do mundo", conforme avança a operação. Além disso, o movimento apelou aos países árabes e à comunidade internacional para que sejam tomadas medidas imediatas para pôr fim à guerra perpetuada por Israel. Tanques israelenses entraram brevemente em Gaza, e o Hamas disse que combateu as equipes, que retornaram ao país.

"Afirmamos que o nosso firme povo palestino não será intimidado por essas políticas fascistas, e a sua valente resistência não vai parar a revolução e a luta até que acabe essa agressão bárbara, […] [que tem o propósito de ocupar] nossa terra e […] nossos locais sagrados", afirmou.

Com cerca de 2,3 milhões de habitantes, a Faixa de Gaza está sem fornecimento de energia elétrica e Internet desde a tarde desta sexta-feira (27), após um novo bloqueio de Israel. A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino alertou que a perda total de comunicação pode inclusive afetar o trabalho das equipes de ambulâncias dos hospitais.

"Estamos muito preocupados com a possibilidade de as nossas equipes continuarem a prestar os seus serviços de ambulância, especialmente porque essa interrupção afeta o serviço central de comunicações e impede a chegada de ambulâncias aos feridos", informou a organização, em comunicado divulgado pela agência de notícias WAFA.

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ONU aprova resolução que pede trégua humanitária

Por 120 votos a 14, a Assembleia Geral da ONU aprovou, também nesta sexta, uma trégua humanitária imediata entre Israel e o Hamas, além de exigir acesso à Faixa de Gaza para o socorro à população civil. Entre os votos contrários estavam os dos Estados Unidos e de Israel. A resolução, da Jordânia, pede que o conflito pare de forma "imediata, duradoura e sustentada".
Além disso, o texto exigiu que as partes cumpram o direito humanitário internacional e a liberação de todos os civis mantidos reféns — segundo Israel, são cerca de 220 pessoas em cárcere privado desde o dia 7 de outubro.
Diante dos bombardeios intensos próximo à fronteira entre Gaza e o Egito, por onde entram medicamentos, alimentos e água enviados pela comunidade internacional, a média de caminhões a cruzar diariamente a passagem rumo ao território palestino caiu para 14. De acordo com a ONU, são necessários pelo menos 500 por dia.

Início do conflito

Na manhã de 7 de outubro, Israel sofreu um ataque com foguetes em escala sem precedentes a partir da Faixa de Gaza, perpetrado pelo braço militar do movimento palestino Hamas. Depois disso, combatentes do grupo entraram nas zonas fronteiriças no sul de Israel.
Por conta disso, Israel entrou em estado de guerra e os ataques aéreos foram iniciados. Em poucos dias, os militares assumiram o controle de todas as áreas povoadas perto da fronteira com Gaza e realizam bombardeios contra alvos, incluindo civis.
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