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Oposição venezuelana busca nas primárias candidato capaz de reunir 'forças dispersas', diz analista

© AP Photo / Matias DelacroixMulher segura bandeira venezuelana durante a festa de São João Batista, no bairro de San Agustín, em Caracas, em 24 de junho de 2022
Mulher segura bandeira venezuelana durante a festa de São João Batista, no bairro de San Agustín, em Caracas, em 24 de junho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 20.10.2023
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Os partidos de oposição ao governo do presidente Nicolás Maduro disputam no próximo domingo (22) as eleições primárias para o pleito do próximo ano. No país, o chefe do Executivo tem um mandato de seis anos. O grupo opositor, que reúne diversos partidos, quer agregar forças políticas para ter um candidato competitivo.
O analista internacional e especialista em comunicações Orlando Romero comentou a situação em entrevista à Sputnik.

"Acredito que o cenário eleitoral para as primárias […] tentará ter um candidato ou uma pessoa que, mais ou menos, seja capaz de reunir as forças dispersas da oposição em uma disputa eleitoral concorrida", enfatiza.

A garantia do processo eleitoral à oposição foi o motivo de os Estados Unidos terem retirado sanções contra o petróleo, o gás e o ouro da Venezuela. Os embargos a Caracas estavam em vigor desde 2019.
Além disso, Washington pediu em troca do fim das sanções a liberação de presos políticos e que caia a proibição à candidatura de políticos.
Para garantir que o governo Maduro honre os compromissos assumidos, as transações com empresas venezuelanas de petróleo e gás serão autorizadas por seis meses, com a possibilidade de renovação.

Mais de 21 milhões de eleitores

Conforme o governo venezuelano, a Comissão Nacional Primária (CNP), que organiza o processo eleitoral, informou que serão mais de 3 mil centros de votação espalhados em 331 dos 335 municípios do país. Ao todo, podem votar 21 milhões de pessoas.
A candidata da oposição favorita no pleito, María Machado, foi tornada inelegível por 15 anos pela Corregedoria-Geral da Venezuela por conta de irregularidades administrativas na época em que era deputada, entre 2011 e 2014. Além disso, a Justiça local diz que Machado apoiou as sanções americanas contra o próprio país.
Inicialmente estavam inscritas nas primárias 13 candidaturas, porém apenas 9 vão poder participar. Além de María Machado, deixaram a disputa Roberto Enríquez, Henrique Capriles e Freddy Superlano.
Cerimônia de chegada do Presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, por ocasião de sua visita oficial ao Brasil, 29 de maio de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 17.10.2023
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O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, comemorou o anúncio do fim das sanções americanas ao país após mais de quatro anos.
Para Lula, a questão prejudica a população venezuelana e contribui para desestabilizar toda a região.
"Recebi com satisfação a notícia de que o governo dos EUA retirou sanções contra Venezuela depois que o governo e a oposição venezuelana assinaram um acordo para eleições justas no ano que vem", disse no X, antigo Twitter.
De acordo com Lula, a medida vai ajudar a normalizar a política do país. "Sanções unilaterais prejudicam a população dos países afetados e dificultam processos de mediação e resolução de conflitos", acrescentou.
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Para especialista, interesse é 'momentâneo'

Em entrevista à Sputnik Brasil no início do mês, o professor de relações internacionais da Universidade Federal do ABC (UFABC) e coordenador do Observatório da Política Externa Brasileira, Gilberto Maringoni, disse que a estratégia americana para derrubar o governo de Maduro mudou 'pelo menos momentaneamente'. Isso por conta do interesse no petróleo venezuelano, principalmente depois das sanções contra a Rússia.

"Washington não conseguiu derrubar Maduro por uma variável que eles não calculavam. Com todos os problemas, Maduro tem, de fato, apoio interno significativo. Não é só um apoio popular", disse.

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