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Ataque do Hamas foi possível devido a uma série de erros de segurança de Israel, revela mídia

© AFP 2023 / Jaafar AshtiyenSoldados israelenses são fotografados na aldeia palestina de Kafr Dan, em Jenin, na Cisjordânia ocupada, em 2 de janeiro de 2023, durante uma operação para demolir as casas de dois palestinos acusados de matar um soldado israelense
Soldados israelenses são fotografados na aldeia palestina de Kafr Dan, em Jenin, na Cisjordânia ocupada, em 2 de janeiro de 2023, durante uma operação para demolir as casas de dois palestinos acusados de matar um soldado israelense - Sputnik Brasil, 1920, 11.10.2023
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O ataque do Hamas tornou-se possível devido a uma avaliação errada da ameaça do seu lado pela inteligência israelense e confiança excessiva da liderança militar de Israel no sistema de vigilância remota e armas na fronteira, relata o jornal The New York Times.
A invasão do Hamas a Israel foi possível devido a uma série de falhas de segurança tanto pela inteligência como pelos militares israelenses, observa publicação, citando altos oficiais de segurança de Israel.
Assim, entre os pontos fracos no sistema de segurança referiram:
Incapacidade dos agentes de inteligência israelenses de controlar os principais canais de comunicação utilizados pelo Hamas;
Grande dependência de equipamento de vigilância nas fronteiras, que os atacantes conseguiram desativar;
Concentração de comandantes em uma única base fronteiriça, que foi capturada na fase inicial da invasão, impedindo a comunicação com o resto das forças militares;
Prontidão de aceitar, com valor aparente, afirmações de líderes militares de Gaza, feitas em canais privados, que eles não estavam se preparando para a batalha.
Segundo interlocutores da mídia, a inteligência israelense está agora investigando se essas chamadas eram reais ou falsas.
Além disso, fontes do jornal relataram que os representantes de inteligência israelenses, quando na semana passada informaram autoridades de segurança de alto escalão sobre as ameaças mais urgentes à capacidade de defesa do país, deram atenção maior ao perigo vindo de militantes libaneses ao longo da fronteira norte de Israel, sem uma única menção do Hamas.
Ao mesmo tempo, na manhã de 7 de outubro, a inteligência israelense detectou uma onda de atividade em alguns canais rastreados de militantes palestinos, apontam fontes do NYT.
Os serviços de inteligência, por sua vez, enviaram um alarme aos militares israelenses na fronteira com Gaza, mas ninguém respondeu: ou os militares não receberam nenhum aviso ou não o leram.
Pouco tempo depois, o Hamas enviou drones para sabotar algumas torres militares de celulares e vigilância israelenses ao longo da fronteira, tirando a chance de os oficiais de Israel de monitorar remotamente a área usando câmeras de vídeo.
De acordo com fontes do The New York Times, o sistema de vigilância de fronteira de Israel é quase inteiramente dependente de câmeras controladas remotamente, sensores e metralhadoras. E por causa de confiança excessiva, o comando militar israelense nesta parte da fronteira tinha reduzido o número de tropas.
Além disso, os interlocutores acrescentaram que devido à concentração da liderança militar em uma das bases de fronteira, a maioria dos oficiais sêniores foi morta, ferida ou feita refém durante a invasão. Isso, combinado com problemas de comunicação, impediu um contra-ataque coordenado.
No início da manhã de sábado (7), os radicais de Gaza lançaram centenas de foguetes contra o território israelense, foram relatadas incursões de militantes em áreas fronteiriças de Israel. O Exército israelense relatou mais de 3.000 foguetes disparados do enclave e a infiltração de dezenas de palestinos armados nas áreas da fronteira sul de Israel.
Em resposta ao ataque, as Forças de Defesa de Israel anunciaram o lançamento da operação antiterrorista Espadas de Ferro na Faixa de Gaza.
O Hamas justificou as suas ações pelo aumento dos confrontos com as forças israelenses nos últimos meses na mesquita de Al-Aqsa, local considerado sagrado para os muçulmanos.
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