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Novas 'rugas' descobertas em Mercúrio sugerem que o planeta está encolhendo, revela estudo

© NASA . JHUAPL/Instituto Carnegie de WashingtonSuperfície de Mercúrio
Superfície de Mercúrio - Sputnik Brasil, 1920, 04.10.2023
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Mercúrio, o menor planeta do Sistema Solar e o mais próximo do Sol, continua a encolher, dizem cientistas. Um novo artigo publicado na revista Nature Geoscience relata que o pequeno mundo rochoso tem novas "rugas" em sua superfície.
Como o Mercúrio tem continuado a esfriar desde o período de sua formação há 4,6 bilhões de anos, o planeta encolheu cerca de sete quilômetros em diâmetro, de acordo com estudos anteriores. Um processo semelhante aconteceu na Lua, que compartilha muitas semelhanças com Mercúrio.
Como a Terra e outros planetas rochosos, Mercúrio tem uma fina crosta rochosa sobre um manto derretido que esconde um núcleo metálico interno.
No entanto, ao contrário da Terra (mas como na Lua), Mercúrio não tem placas tectônicas, mas uma camada contínua de rocha de silicato que forma sua crosta. Essa crosta tende a fraturar e enrugar uma vez que é sujeita a tensões, formando "escarpas lobulares" que criam um padrão ziguezague que se estende por centenas de quilômetros em toda a sua superfície.
Estou muito feliz por poder compartilhar que o meu artigo intitulado "Pequenas fossas generalizadas consistentes com o tectonismo recente em Mercúrio" foi publicado pela Nature Geoscience.
Estima-se que algumas dessas escarpas tenham aproximadamente três bilhões de anos, mas estudos recentes mostraram que muitas delas são muito mais jovens, indicando que o processo ainda está a todo gás.
Ben Man, doutorando da Universidade Aberta do Reino Unido, foi um dos que notou o comportamento estranho das escarpas. Ele detectou que as escarpas haviam se fraturado de maneiras incomuns, sugerindo que a crosta tinha sido esticada em certos lugares ao longo de linhas de falha. Denominados de fossas (falhas tectônicas), por causa de sua semelhança com estruturas na Terra, algumas têm apenas um quilômetro de largura e 100 metros de profundidade, indicando que elas são muito mais jovens do que as fraturas maiores nas proximidades.
Uma vez que essas fossas estão tão expostas e não foram cobertas por outros detritos de crosta ou impactos de meteoros, cientistas estimaram que elas têm cerca de 300 milhões de anos.
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