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Seul: cúpula trilateral com EUA e Japão é marco para a 'paz e a prosperidade na península coreana'

© AP Photo / Lee Jin-manO presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol faz um discurso durante uma cerimônia para comemorar o 78º aniversário do Dia da Libertação da Coreia do domínio colonial japonês em 1945, em Seul, Coreia do Sul, 15 de agosto de 2023
O presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol faz um discurso durante uma cerimônia para comemorar o 78º aniversário do Dia da Libertação da Coreia do domínio colonial japonês em 1945, em Seul, Coreia do Sul, 15 de agosto de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 15.08.2023
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O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, pediu uma cooperação militar mais profunda com os EUA e o Japão nesta terça-feira (15) para combater a ameaça da Coreia do Norte.
De acordo com a Associated Press (AP), esta vai ser a primeira vez que os líderes dos três países se reúnem exclusivamente para uma cúpula trilateral em Camp David para "estabelecer um novo marco na cooperação trilateral".
Frente aos desafios regionais complexos da península da Coreia, o apelo sugere uma preocupação com o avanço do arsenal nuclear da Coreia do Norte e a rivalidade estratégica de Washington com Pequim.
Em sua cúpula na próxima sexta-feira (18), no retiro presidencial dos EUA em Maryland, o presidente Joe Biden, o presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol e o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida devem anunciar planos para expandir a cooperação militar na área de mísseis balísticos e desenvolvimento de tecnologia, de acordo com dois altos executivos do governo Biden, disse a AP.

A cúpula "estabelecerá um novo marco na cooperação trilateral, contribuindo para a paz e a prosperidade na península coreana e na região do Indo-Pacífico", disse Yoon em um discurso televisionado em Seul nesta terça-feira.

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O discurso de Yoon foi destaque no 78º aniversário da libertação da Coreia do domínio colonial de 35 anos do Japão em 1945. Os presidentes sul-coreanos anteriores geralmente usavam os discursos do Dia da Libertação para pedir que o Japão se desculpasse por suas ações coloniais. Mas Yoon, um conservador que tem tentado resolver as queixas históricas como forma de impulsionar a cooperação entre Seul, Washington e Tóquio, em vez disso, apelou para o aumento da cooperação entre os três países.
"Como parceiros que cooperam nas áreas da segurança e economia, a Coreia do Sul e o Japão poderão contribuir conjuntamente para a paz e a prosperidade em todo o mundo, colaborando e realizando intercâmbios de maneira orientada para o futuro", disse Yoon.
Quando se encontraram nas margens de uma conferência regional no Camboja em novembro, Yoon, Biden e Kishida disseram que pretendiam compartilhar dados de alerta de mísseis da Coreia do Norte para melhorar a capacidade de prontidão de cada país. Em junho, seus ministros da Defesa confirmaram os esforços para ativar esse mecanismo de compartilhamento de dados antes do final do ano.
Observadores internacionais estão preocupados com a reação da Coreia do Norte, que tem argumentado que as medidas dos EUA para reforçar a cooperação militar com a Coreia do Sul e o Japão estão pressionando o país a reforçar sua própria capacidade militar.
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A China também tem feito afirmações críticas em relação aos esforços trilaterais na Ásia-Pacífico.
"A China se opõe a países relevantes que formam vários grupos e suas práticas de exacerbar o confronto e comprometer a segurança estratégica de outros países", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, em uma entrevista coletiva nesta terça-feira (15). "Esperamos que os países envolvidos sigam a tendência dos tempos e façam algo que conduza à paz, à estabilidade e prosperidade regionais."
A Coreia do Sul afirmou que seu esforço para fortalecer sua aliança com os EUA e participar de iniciativas regionais lideradas pelos EUA não terá como alvo a China, seu maior parceiro comercial.
A cúpula trilateral desta semana se realiza em um momento em que os laços entre Seul e Tóquio diminuíram significativamente nos últimos meses, apesar de compartilharem desafios, como a intensificação da competição EUA-China e os problemas da cadeia de suprimentos global, bem como o programa nuclear da Coreia do Norte.
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