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Guerra realmente fria: por que os EUA estão militarizando o Ártico?

© Sputnik / Anna Yudina / Acessar o banco de imagensQuebra-gelo acaba de trazer exploradores polares russos para o Ártico para implantar a nova estação flutuante SP-40
Quebra-gelo acaba de trazer exploradores polares russos para o Ártico para implantar a nova estação flutuante SP-40 - Sputnik Brasil, 1920, 22.07.2023
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A política dos EUA relativamente ao Polo Norte mudou desde 1996, com a era de cooperação da época sendo substituída pelo confronto. O jornalista Jeremy Kuzmarov analisou a luta por esta região.
Os EUA estão aumentando as tensões no Ártico em uma tentativa de aproveitar a riqueza dos recursos naturais descobertos com o recuo das camadas de gelo, opinou um especialista à Sputnik.
Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, anunciou recentemente que Washington abriria um consulado na cidade norueguesa de Tromso, a primeira missão diplomática norte-americana acima do Círculo Polar Ártico.
O jornalista Jeremy Kuzmarov disse que muita coisa mudou desde a era de cooperação que começou com a fundação do Conselho do Ártico dos oito países que cercam o Polo Norte em 1996.
"Isso foi abandonado com essa nova Guerra Fria e com esse novo posto avançado diplomático. Há outros sinais de que os EUA estão se aproximando mais do Ártico, e os russos veem isso como uma grande provocação", disse ele.
Ele explicou que o local é uma base potencial para operações militares, além de ter "enormes recursos e riquezas minerais", em que "todos os três países, Rússia, China e Estados Unidos, estão basicamente competindo entre si para explorar cada vez mais essa região".
Ártico (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 06.07.2023
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EUA procuram transformar Finlândia e Suécia em gendarmes do Ártico para confrontar Rússia
A recente expansão da OTAN para a Escandinávia, sob o pretexto do conflito da Rússia com a Ucrânia, pode ter como objetivo impedir que a Rússia explore a riqueza natural de seu longo litoral norte e das cadeias de ilhas, acrescentou o especialista.
"Vemos uma política muito agressiva dos EUA que é sintetizada pela incorporação da Suécia e da Finlândia à OTAN", observou Kuzmarov.
Ele citou o jornalista Seymour Hersh, que detalhou que a Noruega pode ter sido uma peça-chave no bombardeio dos gasodutos Nord Stream (Corrente do Norte).
"Eles acabaram de fortalecer esse relacionamento com essa nova Guerra Fria. E essa é a estratégia realmente agressiva dos EUA que discutimos no programa? Visar a Rússia, promover a mudança de regime na China, isolar e enfraquecer a Rússia", argumentou Kuzmarov.
"A estratégia do Ártico se encaixa nessa estratégia maior, apenas de expandir a OTAN para a Suécia e a Finlândia, ter uma política antirrussa em cooperação com os noruegueses e projetar poder no Ártico e tentar dominar essa região militarmente."
Jeremy Kuzmarov lembrou como Donald Trump, o antecessor de Joe Biden, se ofereceu para comprar a ilha ártica da Groenlândia à Dinamarca.
"Os EUA tentarão usar a Groenlândia como uma plataforma, assim como gostariam de usar o Ártico e a Noruega ou a Suécia", disse Kuzmarov, referindo que os EUA já têm bases militares na maior ilha do mundo.
"O sol nunca se pôs no Império Britânico e nunca se põe no Império Americano", concluiu.
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