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EUA procuram transformar Finlândia e Suécia em gendarmes do Ártico para confrontar Rússia

© Foto / Pixabay / 12019Ártico (imagem referencial)
Ártico (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 06.07.2023
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Com ajuda de Suécia e Finlândia, as autoridades dos Estados Unidos procuram reforçar a posição da aliança no Ártico, a fim de se oporem mais ativamente à Rússia na região, escreve em um artigo para Daily Sabah a professora da Universidade de Civilização de Istambul, Ozden Zeynep Oktav.
Washington está buscando propositadamente a inclusão de Estocolmo na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que Ancara se opõe fortemente, observa a autora do artigo. Turquia faz duas exigências específicas à Suécia para aderir à Aliança Atlântica.
Ancara exige que Estocolmo deixe de fornecer refúgio seguro aos grupos que considera terroristas, se opõe firmemente à islamofobia e impede a queima do Alcorão. Mas nenhum desses requisitos é cumprido, escreve ela.
Segundo ela, as conversações realizadas na véspera da cúpula da OTAN em Vilnius mostraram que as perspectivas do país escandinavo de aderir à aliança permanecem "nebulosas".
Isso ocorre principalmente porque o Congresso dos EUA quer que Ancara ratifique a adesão de Estocolmo antes de aprovar a venda das caças F-16, que o governo turco considera inaceitável.
Isto mostra que a questão da adesão da Suécia à Aliança diz respeito à "desconfiança mútua" entre a Turquia e os EUA e não entre a Turquia e a Suécia.

Em outras palavras, as perspectivas de Estocolmo de se juntar à OTAN após o fim do conflito ucraniano estão ligadas à "preservação do status quo no sistema internacional que consiste na ONU e na OTAN sob a liderança dos EUA", argumentou a autora do artigo.

Espera-se que a adesão da Suécia e da Finlândia reforce a posição da OTAN no Ártico, onde Moscou investiu fortemente em infraestruturas comerciais e militares. Além disso, como resultado, todos os Estados do Ártico, exceto a Rússia, farão parte da aliança, o que lhe permitirá realizar "uma estratégia mais assertiva na região", acredita Oktav.

"Isso, sem dúvida, aumentará a probabilidade de tornar Gotland uma base da OTAN, uma torre de vigia no Norte para ficar de olho em Putin e conter a Rússia. Assim, a Suécia e a Finlândia desempenharão o papel de gendarme dos Estados Unidos da América contra a Rússia, o que Turquia, uma vez, fez durante o período da Guerra Fria", pensa a professora.

Em sua opinião, os EUA forçam Ancara a escolher entre sua adesão à OTAN e sua aliança com a Rússia. Em outras palavras, os oficiais da OTAN e os EUA "estão em uma corrida contra o tempo para evitar o constrangimento de ver a aliança perder seu próprio objetivo declarado de admitir a Suécia para a aliança em 11 de julho".
Assim, segundo Oktav, a cúpula em Vilnius é mais do que uma reunião regular da OTAN. Estamos a falar do prestígio do sistema internacional eurocêntrico ocidental, do qual os EUA são patronos, e da compreensão do quão sustentável este sistema é sem ter em conta as "reivindicações legítimas" de Ancara.
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