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Chanceler brasileiro afirma que Brasil e Espanha devem aprofundar cooperação, diz mídia

© Folhapress / Ton MolinaMauro Vieira, chanceler do Brasil
Mauro Vieira, chanceler do Brasil - Sputnik Brasil, 1920, 25.04.2023
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O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, em entrevista ao El Mundo, reafirmou a busca do país pela mediação do conflito ucraniano e apontou uma melhora no relacionamento com a Espanha, referenciando Pedro Sánchez como um líder politicamente relacionado com "ideias positivas" para o futuro do Brasil.
O chanceler Mauro Vieira, tratando de temas que vão ser discutidos durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Espanha, que se inicia nesta terça-feira (25) em Madri, falou ao meio de comunicação espanhol sobre as perspectivas políticas e comerciais da visita.
"O presidente vai ter um encontro com empresários, porque a presença da Espanha no Brasil do ponto de vista econômico, financeiro e de investimentos é muito importante. Há muitas empresas, muitos investimentos espanhóis no Brasil. Mas também é uma visita política, o presidente Lula tem afinidade política com o presidente Sánchez. É uma visita de grande interesse econômico", afirmou o ministro.
De acordo com o chanceler, as origens políticas de Lula e Sánchez são semelhantes, uma vez que ambos se encontram no mesmo lado do espectro político e valorizam tanto políticas de cunho social quanto econômico na busca da melhoria do desempenho de seus países.
Citando a influência da Espanha na América Latina, Mauro Vieira citou a Cúpula Ibero-Americana na República Dominicana, na qual nove dos 12 países vizinhos ao Brasil, na América do Sul, são ex-colônias espanholas.
"A Espanha, sem dúvida, tem um papel importante em toda a América Latina, inclusive no Brasil, com o papel de comércio e investimento. Assim como Portugal, que tem grandes investimentos no Brasil. São dois países que têm uma presença muito clara e constante na América Latina", afirmou o diplomata.
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Para o chanceler, a visita representa uma maior compreensão e aproximação entre ambos, ocasião em que ambos os países vão poder compartilhar suas visões sobre os atuais problemas do mundo. Mas, contrariamente a que muitos analistas apontam, Mauro Vieira nega que o Brasil tenha ambições de liderança, mas sim de cooperação.
"Apostamos muito mais na integração do que em qualquer tipo de projeto que procure protagonismo. Trabalharemos com todos os países para promover a cooperação, integração e desenvolvimento na América Latina e na América do Sul, especialmente nossos vizinhos imediatos", destacou.
Quando questionado sobre a recente visita de Celso Amorim a Moscou e sua futura visita à Ucrânia, o ministro destacou que o interesse do Brasil é em prol da paz, que ele acredita interessar "aos países envolvidos neste conflito". Segundo ele, o governo brasileiro está em contato com autoridades russas e ucranianas e deve continuar esse diálogo ressaltando que todos os países interessados na paz poderão estar presentes, até mesmo os Estados Unidos.
"[...] O presidente [Lula] já falou com o presidente Zelensky, então acho que vamos continuar esse diálogo. O mesmo com Moscou. O presidente Putin já ligou para o presidente Lula, recebi recentemente o chanceler [Sergei] Lavrov em Brasília, já estive com ele na Índia, para a reunião do G20 em Nova Deli. Temos contatos com ambos os lados. Assim que eles estiverem prontos para se sentar e conversar com um grupo de países, o Brasil se oferece para estar lá também", destacou.
Muitos são os interesses da visita brasileira à Espanha. Elas vão desde a participação fundamental de organismos multilaterais até acordos comerciais no mesmo prisma dos assinados com Portugal que podem culminar ainda em uma maior integração da América Latina, como no caso da ampliação do BRICS (grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) a partir da adesão da Argentina, disse o ministro.
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