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EUA tentam atrapalhar investigação da explosão do Nord Stream, segundo especialista

© AP Photo / Markus SchreiberGasoduto Nord Stream 1 (Corrente do Norte 1) do mar Báltico e terminal de transferência do gasoduto OPAL, o Baltic Sea Pipeline Link, em Lubmin, na Alemanha, em 21 de julho de 2022
Gasoduto Nord Stream 1 (Corrente do Norte 1) do mar Báltico e terminal de transferência do gasoduto OPAL, o Baltic Sea Pipeline Link, em Lubmin, na Alemanha, em 21 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 16.02.2023
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Os Estados Unidos tentam atrapalhar a investigação da explosão dos gasodutos Nord Stream com vários truques, incluindo a transferência da responsabilidade pela investigação para seus aliados, embora Washington tenha a capacidade de conduzi-la, declarou à Sputnik Maksim Suchkov, diretor do Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou.
Anteriormente, Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, disse que os EUA rejeitam as acusações de terem minado o sistema de transporte de gás russo Nord Stream (Corrente do Norte) e deixam a investigação para os países em cuja jurisdição o incidente ocorreu.
"Isso, claro, é uma tentativa de atrapalhar essa situação, mas também de desviar as suspeitas. Eles apontam aos aliados a direção para pensar, falando sobre a propaganda de Moscou e, ao mesmo tempo, lhes impõem a obrigação de encontrar evidências. É claro que os aliados não vão realizar nenhuma investigação, e se forem, será daqui a 15 anos, quando já ninguém vai precisar", disse Suchkov.
Washington, acrescentou o especialista, cria uma situação de "incerteza política", como se os EUA soubessem de algo, mas o problema não é deles e eles não devem lidar com isso.
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"Está sendo usado o truque da 'independência dos aliados', o que coloca os aliados em uma situação desconfortável. Se for feita uma investigação objetiva e forem detectadas evidências dos mergulhadores da Noruega e dos Estados Unidos, isso seria desleal. Mas se se comprometerem a acusar a Rússia, então farão figura de tolos", acrescentou.
Segundo o especialista, os EUA têm possibilidades técnicas e políticas para organizar uma investigação. Aqui, apontou, estamos falando de delegação explícita, com os americanos referindo-se a coisas puramente formais, como a jurisdição.
"Em teoria, eles poderiam fabricar uma história que culparia a Rússia, mas acho que já perderam o momento certo. Depois de alguns meses será mais difícil 'vender' isso, embora tenhamos visto anteriormente que os EUA 'venderam' algumas das ações da Rússia, que não seriam vantajosas para ela", enfatizou Suchkov.
Washington também poderia reconhecer sua culpa, mas isso seria o "último recurso", ressaltou o especialista, pois seria a admissão de um ato de terrorismo de Estado.
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Em 26 de setembro de 2022, três das quatro cordas dos gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2 foram danificadas após uma explosão subaquática.
O jornalista investigativo vencedor do Prêmio Pulitzer Seymour Hersh publicou um artigo na última quarta-feira (8) detalhando como os mergulhadores da Marinha dos EUA plantaram explosivos para destruir os gasodutos Nord Stream.
O presidente dos EUA, Joe Biden, decidiu sabotar os gasodutos após mais de nove meses de discussões secretas com sua equipe de segurança nacional, disse o artigo do jornalista.

O governo dos EUA negou repetidamente o envolvimento na explosão dos gasodutos russos, enquanto o governo russo disse que os Estados Unidos deveriam se explicar e que uma investigação aberta sobre a explosão precisa ser realizada.
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