Os líderes do Pentágono expressaram insatisfação com algumas das ações de Israel, relatou na quinta-feira (11) o jornal norte-americano The Washington Post, citando autoridades americanas.
"Altos funcionários do Pentágono ficaram desapontados com o fato de Israel não ter notificado os EUA sobre um ataque às instalações iranianas na Síria", escreveu o The Washington Post.
De acordo com as fontes, Lloyd Austin, secretário de Defesa dos EUA, e vários outros altos funcionários do Pentágono, Israel deveria tê-los informado com antecedência "devido ao impacto do ataque sobre as forças e os interesses dos EUA na região".
As informações recebidas com antecedência teriam permitido que o Pentágono aumentasse a proteção do pessoal e das forças de posição dos EUA, incluindo navios com sistemas de defesa antimísseis a bordo, de forma a ajudar a proteger Israel e as tropas dos EUA de uma possível resposta iraniana.
De acordo com uma fonte, Austin expressou diretamente seu descontentamento a Yoav Galant, seu homólogo israelense, durante uma conversa telefônica em 3 de abril.
O ataque aéreo com mísseis da Força Aérea de Israel ao prédio do Consulado-Geral do Irã em Damasco, na Síria, ocorreu na noite de 1º de abril, informou o Ministério da Defesa sírio. O prédio do consulado abrigava inclusive a residência do embaixador iraniano Hossein Akbari, mas ele não foi ferido no ataque. Segundo o Ministério da Defesa da Síria, o prédio do consulado foi completamente destruído em resultado do ataque.
O Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) disse que sete oficiais do grupo foram mortos no ataque israelense, entre eles dois generais consultores de alto escalão: Mohammad Zahedi, comandante da Força Quds do IRGC na Síria e no Líbano, e seu vice, o general de brigada Mohammad Rahimi.
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