Panorama internacional

Rede de livrarias da Ucrânia lança publicação com memórias de líder nazista

O chefe do Comitê Judaico Ucraniano, Eduard Dolinski, denunciou que a maior cadeia de livrarias da Ucrânia começou a vender as memórias do líder nazista croata e aliado de Hitler Ante Pavelic. Conforme ele, Pavelic foi o organizador de um massacre de mais de 30 mil judeus croatas, mas "no livro não há uma única palavra sobre isso".
Sputnik

"O maior grupo de livrarias da Ucrânia, Knigarnia E, e outras lojas estão vendendo as memórias do fascista croata, criminoso de guerra e assassino em massa Ante Pavelic", escreveu Dolinski.

O chefe do comitê ainda lembrou que Pavelic foi o líder do governo fantoche da Croácia entre 1941 e 1945, aliado da Alemanha nazista. Além disso, ele promoveu a abertura de pelo menos 25 campos de concentração e extermínio, incluindo o campo de Jasenovac. No último, foram assassinadas de 83 mil a 700 mil pessoas, segundo diversas estimativas.
Dolinski enfatizou que o nazista e "seus seguidores mataram milhares de sérvios e ciganos", acrescentando que o prefácio das memórias em dois volumes não contém nada sobre os crimes.
Adolf Hitler recebe líder do chamado Estado Independente da Croácia, Ante Pavelic, na Alemanha. Berlim, 6 de junho de 1941

"Ou seja, Knigarnia E está, na realidade, envolvido em branquear os crimes nazistas e a negação do Holocausto, vendendo o Mein Kampf [Minha Luta] de um fascista croata", concluiu.

Medalha de honra a veterano nazista

Em mais um episódio que demonstra a presença do nazismo na Ucrânia, em março, o veterano nazista ucraniano Yaroslav Hunka, de 98 anos, recebeu uma honraria do Conselho Regional de Ternopol. Hunka recebeu o prêmio por "sua significativa contribuição pessoal para prestar assistência às Forças Armadas da Ucrânia, além de sua atividade de caridade ativa e trabalho social".
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Em setembro de 2023, durante discurso do presidente Vladimir Zelensky no Parlamento do Canadá, os presentes aplaudiram Yaroslav Hunka, ex-veterano ucraniano de 98 anos que serviu na Divisão SS Galícia durante a Segunda Guerra Mundial. A ministra das Relações Exteriores do país, Mélanie Joly, pediu a renúncia do presidente da Câmara dos Comuns, Anthony Rota, que assumiu a responsabilidade pelo convite ao nazista.
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