Panorama internacional

Líderes da indústria do Brasil apelam para França aceitar acordo Mercosul-UE, rejeitado por Macron

Durante o Fórum Econômico Brasil-França, realizado nesta quarta-feira (27) em São Paulo, presidentes de entidades representativas da indústria nacional reforçaram seus apelos ao presidente francês, Emmanuel Macron, para que a França apoie a conclusão do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE).
Sputnik
O evento, sediado na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), contará com a presença do líder francês, que já visitou Belém (PA) e Itaguaí (RJ), e voltará a se encontrar com seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na quinta-feira (28).
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, ressaltou a importância do Acordo Mercosul-União Europeia argumentando que, apesar dos desafios iniciais, os benefícios a longo prazo superarão as dificuldades.
Ele também convidou as empresas francesas a ampliarem seus investimentos em território brasileiro, destacando que a entidade quer apoiar interessados em investir no país.
O presidente da FIESP, Josué Gomes da Silva, endossou a necessidade do acordo comercial para fortalecer as relações entre os blocos, sugerindo confiança de que o acordo seria benéfico para ambas as regiões.
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Rejeição do acordo por Macron

Anteriormente, Lula defendeu que houvesse o acordo comercial entre os blocos, mas foi rejeitado pelos franceses, o que impossibilita até agora uma aprovação.
Os europeus, especialmente Paris, expressam preocupação em relação às práticas ambientais no âmbito agrícola brasileiro, alegando que prejudicam o meio ambiente em busca de maior produtividade. Na verdade, no entanto, é de conhecimento geral que o real motivo da resistência francesa seria o protecionismo.
Um eventual acordo representaria uma das maiores áreas de livre-comércio do mundo, englobando quase 720 milhões de pessoas e cerca de 20% da economia global. Em 2022, a UE foi o segundo maior parceiro comercial do Brasil, com uma corrente bilateral de mais de US$ 95 bilhões (cerca de R$ 472,6 bilhões).
No início do ano, Macron disse à Comissão Europeia que Paris não aceitará a assinatura do pacto com o bloco sul-americano.
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