Panorama internacional

Rússia e Arábia Saudita impedirão qualquer interferência no trabalho da OPEP+, diz Lavrov

Riad e Moscou não deixarão que qualquer tentativa de interferência nos mecanismos regulatórios do mercado mundial de petróleo na OPEP+ aconteça, garantiu o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.
Sputnik
Segundo o chefe da diplomacia russa, a Arábia Saudita, com base nos interesses do reino, "está interessada em preços estáveis ​​do petróleo e em proporcionar lucros adequados aos países produtores do combustível, ao mesmo tempo que quer chegar a um nível que seja atraente para os compradores".
"O que estamos fazendo agora com eles no âmbito da OPEP+, com o apoio de todos os outros membros desta associação, refere-se precisamente a isto. A Arábia Saudita mantém esta linha de forma muito clara", afirmou o chanceler.
Em 30 de novembro, os países da OPEP+ decidiram reduzir voluntariamente a produção de petróleo num total de 2,2 milhões de barril por dia até ao final do primeiro trimestre de 2024.
Panorama internacional
Vários membros da OPEP+ iniciam novos cortes voluntários na produção de petróleo

Mercado de petróleo venezuelano

Lavrov também considera possível que a Rússia e os Estados Unidos "operem ao mesmo tempo" no mercado petrolífero venezuelano, desde que não haja concorrência desleal.
"Segundo muitas estimativas, a Venezuela tem as maiores reservas de petróleo do mundo. Em geral, somos contra o monopólio. Haverá espaço suficiente para todos se houver jogo limpo e um processo justo para a atribuição de oportunidades de investimento na indústria petrolífera venezuelana", disse o ministro.
Para o chanceler, Washington tenta "iniciar novos jogos políticos em torno da Venezuela", oferecendo-lhe um acordo para retomar a exportação de petróleo venezuelano para os Estados Unidos em troca de "algumas concessões políticas".
"Em troca, os norte-americanos não querem apenas concessões em matéria de direitos humanos e outras exigências democráticas que apresentam regularmente sem muita explicação do que significam. A lealdade aos Estados Unidos é o critério da democracia tal como Washington a entende", disse.
No entanto, Lavrov destacou que Caracas "compreende perfeitamente o que está acontecendo".
Além disso, destacou a importância de a Venezuela ser firme na prossecução das suas conquistas no diálogo com os Estados Unidos, sem esperar que Washington "realmente cumpra as suas promessas vazias".
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