Panorama internacional

Advogados de Trump dizem ser impossível pagar fiança de US$ 464 mi em caso de fraude em Nova York

A defesa do ex-presidente norte-americano Donald Trump está pedindo ao tribunal que adie a execução, depois que a Organização Trump abordou 30 empresas que potencialmente poderiam financiar sua dívida.
Sputnik
Nesta segunda-feira (18), os advogados de defesa de Donald Trump afirmaram que o ex-presidente não consegue garantir fiadores necessários para adiar a execução de uma sentença de fraude de US$ 464 milhões (cerca de R$ 2,3 bilhões) contra ele em um tribunal civil de Nova York.

De acordo com o Financial Times (FT), a equipe do antigo presidente dos EUA passou "inúmeras horas de negociações com uma das maiores companhias de seguros do mundo", escreveram os advogados em um documento, citando um corretor que contrataram, mas concluíram que "muito poucas empresas de garantia considerarão uma obrigação com qualquer coisa que se aproxime dessa magnitude".

A Organização Trump abordou 30 financeiras através de quatro corretores separadamente, e sem sucesso, na esperança de evitar o cumprimento da sentença, cujo valor conta com juros, mas uma apelação só é possível mediante o pagamento da fiança no valor integral.
Trump e suas empresas foram considerados responsáveis, em janeiro, por cometerem fraude "flagrante" ao inflacionar enormemente o valor de ativos imobiliários como Mar-a-Lago e Wall Street, número 40, em pedidos de empréstimo.
Panorama internacional
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Agora o ex-presidente está pedindo a um painel de juízes de um tribunal de apelações de Nova York que adie a execução da sentença sem que a quantia seja publicada. Um juiz de apelação já havia recusado um pedido semelhante temporariamente no mês passado.
A nova tentativa de apelação surge dias depois de Trump ter pagado uma fiança de US$ 91,6 milhões (cerca de R$ 460 milhões) para suspender a execução de uma sentença civil separada, segundo a qual foi considerado responsável por difamar a escritora E. Jean Carroll.

Segundo a apuração do FT, em documento apresentado nesta segunda-feira, Gary Giulietti, presidente da corretora Lockton Companies, afirma que teria sido contratado por Trump para garantir a fiança para o caso de fraude, mas, "apesar de vasculhar o mercado, não tivemos sucesso no nosso esforço […] pela simples razão de que obter uma garantia de recurso no valor de US$ 464 milhões é uma impossibilidade prática nas circunstâncias apresentadas".

Para Giulietti, a maioria das empresas que financiam dívidas de terceiros também "exigiria garantias de aproximadamente 120% do montante da sentença", o que "exigiria que os réus entregassem garantias sob a forma de dinheiro ou equivalentes a dinheiro de aproximadamente" US$ 557 milhões (aproximadamente R$ 2,8 bilhões).
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