Panorama internacional

Reconstrução da Faixa de Gaza após conflito vai custar R$ 448 bilhões, diz presidente do Egito

Após mais de cinco meses de bombardeios e ataques, a recuperação da Faixa de Gaza diante dos danos causados pelo contínuo conflito armado entre Israel e o Hamas está estimado em pelo menos US$ 90 bilhões (R$ 448 bilhões), disse o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, neste sábado (9).
Sputnik
"O custo de reconstruir a Faixa de Gaza é de US$ 90 bilhões", disse Sisi. O enclave palestino tem uma população de 2,3 milhões de pessoas, dos quais pelo menos um milhão está desabrigada por conta dos bombardeios.
A guerra começou em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas realizou um ataque de foguetes sem precedentes contra Israel. Além disso, houve uma invasão do país pelas fronteiras da região sul e cerca de 1,1 mil pessoas morreram. Outras 240 foram sequestradas e uma parte segue sob o poder do movimento até hoje.
Em retaliação, Israel iniciou bombardeios terrestres e fez um bloqueio de Gaza por terra, ar e mar. Quase 31 mil pessoas já morreram na região, conforme as autoridades locais.
Em 24 de novembro, o Catar intermediou um acordo entre Israel e o Hamas para uma trégua temporária e a troca de alguns dos prisioneiros e reféns, além de intensificar a entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. O cessar-fogo foi prorrogado várias vezes e expirou em 1º de dezembro. Mais de 100 reféns ainda são mantidos pelo Hamas em Gaza.
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Ajuda dos países árabes

Países árabes, incluindo a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, já demonstraram disposição em apoiar os esforços para reconstruir a Faixa de Gaza, desde que uma solução de dois Estados seja alcançada.
De acordo com o político palestino Mohammed Dahlan, atual assessor do presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed bin Zayed al-Nahyan, existe um plano discutido entre os países árabes.
Tal planejamento sugere que Israel e o Hamas transfiram o poder para um novo líder palestino independente, que supervisionaria a reconstrução de Gaza com o apoio de uma força árabe de manutenção da paz.
A nova administração palestina poderia solicitar que países árabes enviassem suas forças militares para Gaza, a fim de garantir a estabilidade no território.
Tanto a Arábia Saudita quanto os Emirados Árabes Unidos estariam dispostos a financiar e apoiar essa iniciativa, desde que Israel consinta a criação de um Estado palestino independente.
Os Emirados Árabes Unidos declararam que sua contribuição para a reconstrução em Gaza estaria condicionada ao comprometimento de todas as partes envolvidas em alcançar uma solução de dois Estados.
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