Panorama internacional

Entrega de mísseis Taurus a Kiev aumentará crise entre OTAN e Rússia, diz militar aposentado dos EUA

O fornecimento de mísseis Taurus alemães a Kiev sem "algum tipo de limitação técnica" provavelmente resultaria em armas para "atingir o território russo", abrindo caminho para a escalada do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, avalia o consultor internacional e tenente-coronel aposentado do Exército dos EUA Earl Rasmussen.
Sputnik
Em entrevista à Sputnik, ele questionou à afirmação do secretário das Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, de que o fornecimento dos mísseis não causará uma escalada das tensões:
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Fornecimento de mísseis Taurus à Ucrânia tornaria Alemanha parte do conflito, alerta general

"Talvez em sua visão, escalada seja mísseis nucleares táticos. Quem sabe? Mas espero que essa não seja sua definição", diz ele. "Os britânicos se envolverem mais diretamente, realmente corre-se o risco de expandir o conflito. Se estiverem usando seus próprios veículos de lançamento, se estiverem disparando a partir de solo da OTAN, possibilita que os países da OTAN sejam alvos, o que é definitivamente uma escalada", alerta Rasmussen.

Ainda segundo ele, muitos dos líderes ocidentais "parecem estar um tanto delirantes. Então, eles têm algum tipo de imagem fantasiosa em suas mentes", acrescenta.
O Reino Unido disse estar pronto para ajudar a Alemanha a resolver questões que a impeçam de enviar os mísseis à Ucrânia ou a propor um acordo alternativo onde enviaria a Kiev seus próprios mísseis Storm Shadow e compre o substituto de Berlim, disse o secretário das Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, em entrevista ao jornal alemão Suddeutsche Zeitung.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, descartou repetidamente a possibilidade de fornecer à Ucrânia mísseis capazes de atingir o território russo.
O vazamento da gravação de uma conversa de oficiais alemães de alto escalão da Bundeswehr sobre planos para atacar a Ponte da Crimeia provocou uma divisão entre os adversários da Rússia, desacreditou o chanceler alemão Olaf Scholz e frustrou os planos de Kiev de obter armas-chave para o seu conflito com os russos.
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