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Índia envia 10 mil soldados para fronteira com a China, que rejeita ação: 'Não alivia tensões'

Nesta semana, a Índia destacou uma unidade de 10 mil soldados, anteriormente designada para a fronteira ocidental do país, para um trecho da sua fronteira com a China.
Sputnik
Pequim acredita que a decisão indiana de adicionar mais tropas à sua fronteira disputada "não contribui para aliviar as tensões", disse Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, nesta sexta-feira (8).
A força indiana combinada protegerá um trecho de fronteira de 532 quilômetros que separa a região chinesa do Tibete dos estados de Uttarakhand e Himachal Pradesh, no norte da Índia.

"A China está empenhada em trabalhar com a Índia para assegurar a paz e a estabilidade das zonas fronteiriças, [...] acreditamos que a prática da Índia não contribui para garantir a paz e não contribui para aliviar as tensões", afirmou a porta-voz, citada pela Reuters.

Pequim e Nova Deli partilham uma fronteira de 3.800 quilômetros, grande parte dela mal demarcada. Pelo menos 20 soldados indianos e quatro soldados chineses foram mortos em confrontos na área em meados de 2020.

"A possibilidade de enfrentarmos uma situação semelhante à que enfrentamos em 2020 nos mantém constantemente ativos", disse o secretário de Defesa da Índia, Giridhar Aramane, em um evento de negócios no mês passado, referindo-se ao confronto fronteiriço entre os vizinhos com armas nucleares, segundo a Bloomberg.

A porta-voz chinesa acrescentou hoje (8) que "o aumento do destacamento militar da Índia nas zonas fronteiriças não ajuda a acalmar a situação nas zonas fronteiriças [...]".
Apesar de Nova Deli e Pequim compartilharem organismos em comum como o BRICS, há outros em que a Índia fez parceria com países do ocidente, por exemplo o Diálogo Quadrilateral de Segurança, conhecido como Quad, que engloba Austrália, Índia, Japão e os Estados Unidos. O grupo tem como um dos objetivos conter a China.
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