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STF mantém depoimento de Bolsonaro e nega acesso à delação de Cid

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, manteve para esta quinta-feira (22) o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Sputnik

"Informe-se a Polícia Federal que inexiste qualquer óbice para a manutenção da data agendada para o interrogatório, uma vez que aos advogados do investigado foi deferido integral acesso aos autos", diz a decisão ao frisar que não cabe a Bolsonaro "escolher a data e horário de seu interrogatório".

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PF intima Bolsonaro a depor em investigação sobre golpe
A pedido da defesa do ex-presidente, Moraes disponibilizou os autos da investigação, mas negou o acesso às diligências da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.
"Antes do recebimento da denúncia, não configura cerceamento de defesa a negativa de acesso a termos da colaboração premiada referente a investigações em curso", acrescenta o ministro.
Os advogados de Bolsonaro chegaram a anunciar hoje (19) que ele não prestaria depoimento, porque não tinha acesso ao conteúdo de celulares apreendidos em investigações contra ele e demais investigados nem o "conteúdo completo" da delação de Mauro Cid, homologada ano passado por Moraes.
Na última quarta-feira (15), a PF informou que o ex-presidente Jair Bolsonaro enviou dinheiro aos Estados Unidos para bancar despesas enquanto aguardava o golpe de Estado com base na apuração da venda ilegal de joias e presentes para a Presidência da República pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid, a mando de Bolsonaro.
De acordo com as apurações, a quebra de sigilo bancário do ex-mandatário mostrou uma operação de câmbio no valor de R$ 800 mil.
No último dia 8, a PF já havia prendido e executado mandados de busca contra aliados militares e civis do ex-presidente. No mesmo dia, Bolsonaro foi ordenado a entregar seu passaporte para não fugir do país.
A operação Tempus Veritatis apura uma suposta organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito para obter vantagem de natureza política com a manutenção de Jair Bolsonaro no poder.
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