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Presidente da Petrobras anuncia parceria com árabes para recuperar operação de refinaria na Bahia

A Petrobras e o fundo árabe Mubadala Investment Company vão intensificar a parceria para finalizar a nova configuração societária e operacional da Refinaria de Mataripe, na Bahia, de acordo com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
Sputnik
Em sua página no X (antigo Twitter), ele informou que a parceria envolvendo a refinaria, que foi privatizada no ano passado e vendida aos árabes, está sendo costurada há meses. Ele participou de uma reunião ontem (13), em Abu Dhabi, no Emirados Árabes Unidos, com representantes do fundo.
Há a decisão de "ampliar e aprimorar conjuntamente o empreendimento de biocombustíveis do grupo estrangeiro no Brasil".
Os detalhes e andamentos serão mantidos sob confidencialidade até a finalização do processo prevista para o fim de junho, segundo ele.
As perspectivas e os cenários do setor de petróleo e gás e os efeitos da transição energética também estiveram na pauta da reunião.
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Petrobras quer voltar a operar refinaria da Bahia vendida a árabes durante governo Bolsonaro
As negociações integram o plano de parcerias estratégicas da Petrobras com empresas congêneres e de aproximação com países complementares em sinergias com o Brasil.
"Estamos conseguindo conduzir diálogos francos e diretos e montar empreendimentos muito promissores para a Petrobras e para o Brasil. O ano será de grandes novas conquistas", declarou o presidente da estatal brasileira.
De acordo com a Petrobras, a iniciativa busca desenvolver o refino tradicional e de uma biorrefinaria.

Histórico

Nomeada originalmente de Refinaria Landulpho Alves (RLAM) e rebatizada de Mataripe, a refinaria está localizada na cidade de São Francisco do Conde. De acordo com o relatório, foi vendida abaixo do preço de mercado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, decorrente principalmente pelo negócio ter sido feito em plena pandemia da COVID-19, quando a cotação internacional do petróleo estava em baixa.
Em dezembro do ano passado, a empresa brasileira recebeu uma proposta do Mubadala Capital para a formação de uma potencial parceria estratégica, com o intuito de desenvolver o refino de petróleo bruto, processamento e comercialização no Brasil.
Há mais de 15 anos, o Brasil é autossuficiente em petróleo, por conta das descobertas do pré-sal, e produz quase 1 milhão de barris de petróleo por dia a mais do que a demanda interna necessita.
Entretanto, o país ainda não atingiu a autossuficiência no refino, mas os investimentos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) na Abreu e Lima e a construção do Polo GasLub Itaboraí, no Rio de Janeiro, prometem aumentar o refino do diesel e o gás liquefeito de petróleo (GLP), justamente os derivados que mais demandam importação no Brasil.
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