Panorama internacional

Mídia: Turquia quer garantias do premiê holandês antes de aprovar sua candidatura à chefia da OTAN

A Turquia está empenhada em garantir que Rutte — ou qualquer outro candidato — não terá preconceitos em relação aos membros da União Europeia (UE) da aliança e, particularmente, que não se curvará à pressão que podem causar, especialmente Grécia e Chipre, por conflitos territoriais de longa duração com Ancara.
Sputnik
De acordo com a Bloomberg, a Turquia também quer que o primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, permita que Ancara seja incluída nas parcerias da OTAN com a UE e que garanta que não haverá restrições às exportações de defesa entre os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), disseram pessoas por dentro do assunto.
A liderança do país é favorável que Rutte assuma o lugar do secretário-geral atual, Jens Stoltenberg, em princípio, segundo fontes familiarizadas com o assunto, mesmo ainda sem consenso privado sobre sua candidatura ou uma lista de pedidos de Ancara.
O primeiro-ministro holandês emergiu como o favorito para liderar a Organização do Tratado do Atlântico Norte nas últimas semanas, e nenhum país o vetou de imediato.
O líder holandês e o presidente turco Recep Tayyip Erdogan suavizaram o relacionamento e restauraram os laços depois que as tensões entre os dois países aumentaram em 2017.
O gabinete de Rutte se recusou a comentar a apuração da Bloomberg, enquanto um porta-voz do governo turco não quis comentar a respeito.
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O mandato de Stoltenberg expira em outubro e a decisão de substituir o líder da aliança tem de ser tomada por unanimidade pelos membros da OTAN, que são atualmente 31. Os países que apoiam a tentativa de Rutte de liderar a OTAN têm trabalhado nos bastidores para garantir que a corrida seja encerrada já nos próximos meses, disse a apuração.
Rutte está completando 13 anos como o primeiro-ministro mais antigo dos Países Baixos, após o colapso do governo holandês em julho. Ele permaneceu no cargo de interino enquanto o legislador de direita Geert Wilders, que obteve uma vitória surpreendente nas eleições de novembro, está negociando uma coalizão para substituí-lo. Mas a situação que o aguarda na aliança, não é tão simples, já que apesar da sinalização da Rússia para uma saída negociada do conflito ucraniano, o Ocidente ainda insiste em apoiar Kiev militarmente.
Apesar do amplo apoio dos maiores países da OTAN, incluindo a França e a Alemanha, os embaixadores da Aliança Atlântica ainda não assinaram oficialmente a candidatura de Rutte.
Alguns países do flanco oriental da aliança ainda estão hesitantes fazendo pressão para uma maior representação da região em cargos organizacionais sêniores.
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