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Hora do pagamento: mais da metade da OTAN não cumpre obrigações de gastos com defesa

© AFP 2023 / Andreas SolaroAviões militares de várias nacionalidades, estacionados para verificações pós voo durante a edição de 2023 do Tiger Meet da OTAN, um exercício que envolve Forças Armadas de mais de dez países, em Gioia del Colle, perto de Bari, Puglia, em 9 de outubro de 2023
Aviões militares de várias nacionalidades, estacionados para verificações pós voo durante a edição de 2023 do Tiger Meet da OTAN, um exercício que envolve Forças Armadas de mais de dez países, em Gioia del Colle, perto de Bari, Puglia, em 9 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 13.02.2024
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O antigo presidente dos EUA, Donald Trump, atacou pela enésima vez os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que ainda não conseguem cumprir a meta de gastos com defesa da aliança transatlântica. Quem são eles? A Sputnik explica.
Quando era o 45º presidente dos EUA, Donald Trump fez repetidamente questão de exigir que os parceiros da OTAN na União Europeia (UE) aumentassem os seus gastos com defesa, alegando que a Europa estava se aproveitando e utilizando as capacidades dos EUA sem contribuir com a sua parte justa.
As últimas observações do novamente candidato republicano à presidência dos EUA sobre o assunto levaram muitos a se perguntar se Trump tem razão nas suas críticas à incapacidade dos membros da OTAN no cumprimento de suas promessas.

Mecanismo de Financiamento da Defesa da OTAN

A OTAN não tem o seu próprio Exército, mas as suas operações militares são equipadas e fornecidas pelos países-membros.
"As contribuições variam em forma e escala. Por exemplo, os aliados podem optar por contribuir com alguns soldados ou milhares de soldados para uma operação ou missão da OTAN. As contribuições também podem incluir qualquer tipo de material, desde veículos blindados, navios de guerra ou helicópteros até todas as formas de equipamento ou apoio, médico entre outros", salienta o site da organização.
Em 2006, os membros da OTAN concordaram em gastar anualmente pelo menos 2% do seu produto interno bruto (PIB) nas suas próprias Forças Armadas para garantir a prontidão militar da aliança. O compromisso está vinculado ao Artigo 5 da OTAN, que estipula especificamente que qualquer ataque a um país-membro é efetivamente um ataque contra todos eles.

Invocar o Artigo 5º — o que só aconteceu uma vez, na sequência dos ataques terroristas de 11 de setembro nos EUA — não é automático porque todos os 31 países teriam de concordar.

Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN (à esquerda), e Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA (à direita), falam durante coletiva de imprensa no Departamento de Estado, em Washington, EUA, 29 de janeiro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 10.02.2024
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Membros da OTAN não conseguem cumprir a meta de 2%

A meta de gastos com defesa da OTAN ainda não foi alcançada por 19 dos 31 países-membros, de acordo com as estimativas divulgadas pela Aliança Atlântica em julho de 2023.
Aqueles que não cumprem suas obrigações incluem:
França (1,9% gasto em defesa)
Montenegro (1,87%)
Macedônia do Norte (1,87%)
Bulgária (1,84%)
Croácia (1,79%)
Albânia (1,76%)
Países Baixos (1,7%)
Noruega (1,67%)
Dinamarca (1,65%)
Alemanha (1,57%)
Logo atrás estão a República Tcheca (1,5%), Portugal (1,48%), Itália (1,46%), Canadá (1,38%), Eslovênia (1,35%), Turquia (1,31%), Espanha (1,26%), Bélgica (1,13%) e o pior infrator, Luxemburgo (0,72%).
A Islândia, apesar de Estado-membro, não possui Forças Armadas, razão pela qual o país foi omitido da lista.

Países da OTAN que cumprem a meta de gastos com defesa

Apenas 11 dos 31 países-membros da OTAN conseguiram cumprir as suas obrigações para 2023, revelam as estimativas da aliança.
Com 3,90%, a Polônia provou ser a maior gastadora da OTAN, seguida pelos EUA e pela Grécia, que contribuem anualmente com 3,49% e 3,01%, respectivamente.
Os outros países que atingiram o limite de 2% são:
Estônia (2,73%)
Lituânia (2,54%)
Finlândia (2,45%)
Romênia (2,44%)
Hungria (2,43%)
Letônia (2,27%)
Reino Unido (2,07%)
Eslováquia (2,03%)
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Alemanha descarta promessa de atingir meta de 2%

Como exemplo do fracasso da OTAN em se unir em termos de despesas, o governo alemão recuou no ano passado no seu plano de se comprometer com a meta de despesas de defesa de 2% do PIB em uma base anual.
O gabinete do chanceler alemão Olaf Scholz eliminou a cláusula correspondente do projeto de lei de financiamento do orçamento, que o governo aprovou anteriormente, no último minuto.
Quando solicitada na altura a comentar o assunto, a porta-voz do governo, Christiane Hoffmann, disse aos jornalistas que os planos para atingir a meta de 2% de gastos militares ainda valem para Berlim. No entanto, se recusou a fazer quaisquer comentários adicionais sobre a alteração da lei orçamentária.
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