As pesquisas de boca de urna já apontavam uma vitória esmagadora de Aliev, com quase 94% dos votos. A expectativa é que o resultado oficial seja divulgado apenas na próxima sexta-feira (9). Outros cinco candidatos participaram do pleito.
O Azerbaijão conta com cerca de 6,5 milhões de eleitores, e o último pleito presidencial ocorreu em 11 de abril de 2018. Porém, apesar de ocorrer a cada sete anos, um decreto assinado por Aliev antecipou a votação, que seria realizada apenas em outubro de 2025.
Ilham Aliev ocupa o cargo desde 2003
No país, o voto não é obrigatório, mas as pesquisas apontam que quase 80% da população apta compareceu às urnas. O presidente Ilham Aliev ocupa o cargo desde dezembro de 2003. Porém a atual eleição é considerada histórica, já que é a primeira após o país ter retomado o território de Nagorno-Karabakh.
Centenas de observadores ao redor do mundo foram convidados para acompanharem o processo eleitoral no país, que no fim do ano vai sediar a cúpula do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP29.
Pacto de não agressão entre Armênia e Azerbaijão
Em janeiro, o primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan, propôs ao Azerbaijão a assinatura de um pacto de não agressão em meio às arrastadas tratativas de paz entre os países.
"Propusemos ao Azerbaijão a desmilitarização da fronteira, um mecanismo para controle mútuo de armas e também a assinatura de um pacto de não agressão, caso se verifique que a assinatura de um tratado de paz levará mais tempo do que o esperado", disse à época Pashinyan.
Segundo o líder armênio, a nação não tem reivindicações sobre qualquer território que não seja de sua soberania, e ninguém pode ter quaisquer reivindicações sobre qualquer território da Armênia.
"Como já disse, estamos prontos para dar tais garantias, garantias fortes e irreversíveis, mas esperamos garantias semelhantes de outros. Estamos prontos para seguir esse caminho e, além disso, oferecemos ao Azerbaijão vários mecanismos de garantia de segurança."
26 de dezembro 2023, 14:09
Mediação russa para o fim do conflito
Em 2022, Armênia e Azerbaijão, através da mediação da Rússia, dos Estados Unidos e da União Europeia, começaram a discutir um tratado de paz. Durante toda a existência da república não reconhecida de Nagorno-Karabakh, a Armênia não reconheceu a sua soberania, e o primeiro-ministro Nikol Pashinyan, em negociações com o Ocidente e depois em uma conferência de imprensa em Yerevan em maio de 2023, afirmou que Nagorno-Karabakh fazia parte do Azerbaijão.
Em setembro, o presidente russo, Vladimir Putin, observou que a liderança armênia reconheceu a soberania do Azerbaijão sobre Karabakh. Ilham Aliev, presidente do Azerbaijão, afirmou que os países podem assinar um tratado de paz se Yerevan não mudar sua posição.