Panorama internacional

Economia britânica é mais afetada da Europa pelos ataques houthis no mar Vermelho, diz levantamento

Ataques vêm causando atrasos nos prazos de entrega, e desvios de rota de navios levaram a aumento nos custos de produção que vêm sendo repassados a clientes.
Sputnik
A economia britânica foi a mais atingida entre países europeus pelos ataques houthis no mar Vermelho, segundo uma pesquisa divulgada pela S&P Global PMI.
De acordo com a sondagem, 12% dos fabricantes do Reino Unido relataram atrasos nos prazos de entrega decorrentes dos ataques de milícias houthis a navios que cruzam o mar Vermelho, que vêm forçando as embarcações a buscar rotas alternativas, como o extremo sul da África. Em segundo lugar, ficou a Grécia, com (9%), seguida de França e Alemanha (ambas com 8%).

"A análise dos motivos [de atraso] citados pelas empresas membros do painel do PMI revela que a crise no mar Vermelho teve um impacto especialmente marcante nas empresas europeias em janeiro. Dos países europeus analisados, os fabricantes do Reino Unido foram os mais afetados pela crise no mar Vermelho", aponta a pesquisa.

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As empresas britânicas analisadas na sondagem relataram atrasos nos prazos de entrega entre 12 e 18 dias, "o que causou entraves nos calendários de produção, levando a pressão inflacionária".
A pesquisa apontou ainda que a mudança de rota das embarcações também gerou aumento de custo no transporte, o que aumentou os custos de produção no Reino Unido.
"Aumento de custo para os fornecedores foram relatados em produtos químicos, eletrônicos, energia, alimentos, metais, embalagens e madeira. Os custos de produção também registraram o maior aumento desde setembro, uma vez que os fabricantes foram forçados a transferir os custos para clientes. Novas encomendas têm diminuído tanto em nível interno como externo", observou a pesquisa.
A rota do mar Vermelho é crucial para cerca de 15% do comércio marítimo global e é uma via vital para o comércio entre a Ásia e a Europa. Desde novembro, milícias houthis vêm promovendo ataques na região em resposta à ofensiva israelense na Faixa de Gaza e em solidariedade à causa palestina.
Desde então, o tráfego de navios de carga no mar Vermelho caiu drasticamente.
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