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Senadores americanos relacionam futuro dos laços EUA-Hungria com ingresso da Suécia na OTAN: 'Risco'

Legisladores afirmaram que as boas relações entre Washington e Budapeste poderiam ficar abaladas pela demora húngara em aprovar Estocolmo na aliança militar. Um dos senadores sugeriu a revogação de visto e sanções.
Sputnik
Os senadores norte-americanos Jeanne Shaheen, democrata de New Hampshire, e Thom Tillis, republicano da Carolina do Norte, apelaram ao primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, para "avançar os protocolos de adesão da Suécia à OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] sem mais demora", acrescentando que se o país da Europa Central atrasar o processo, prejudicará as relações com os seus aliados.

"Apesar dos seus numerosos compromissos públicos anteriores, a Hungria é o último membro da OTAN que não ratificou a candidatura da Suécia e tanto o tempo como a paciência estão se esgotando. A inação da Hungria corre o risco de prejudicar irrevogavelmente a sua relação com os Estados Unidos e com a OTAN", escreveram os senadores na carta citada pela U.S. News.

Orbán tem sido pressionado principalmente após o Parlamento da Turquia votar a favor da candidatura de Estocolmo em janeiro. As atenções então mudaram para Budapeste, à medida que os membros da aliança militar procuram expandir a aliança.
Em uma declaração separada, o senador norte-americano Ben Cardin, democrata de Maryland e presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, levantou a perspectiva de impor sanções à Hungria e chamou Orbán de "o membro menos confiável da OTAN".

"O primeiro-ministro Viktor Orbán demonstrou mais uma vez nos últimos dias ser o membro menos confiável da OTAN", escreveu.

Ao mesmo tempo, disse que o governo Biden precisa examinar se Budapeste deveria continuar a participar do Programa de Isenção de Vistos dos EUA, que permite que titulares de passaportes de 41 países entrem nos Estados Unidos para negócios ou turismo sem visto por até 90 dias.

"A administração Biden deveria examinar se a Hungria é realmente um parceiro de confiança que merece participar do Programa de Isenção de Vistos e, dado o nível de corrupção, se é apropriado iniciar sanções ao abrigo da Lei Magnitsky Global", afirmou.

A Hungria também foi pressionada na União Europeia para liberar a verba para a Ucrânia, e Orbán acabou tendo que ceder à pressão dos outros líderes do bloco e aprovou a medida ontem (1º).
"Os ocidentais ainda pensam que o tempo está do nosso lado, que quanto mais durar a guerra, mais a situação militar da Ucrânia melhorará. Acho que o oposto é verdadeiro", afirmou o premiê nesta semana.
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