Panorama internacional

Mídia: ex-funcionários da segurança nacional, cientistas e empresários exigem renúncia de Netanyahu

Mais de 40 ex-funcionários do serviço de Segurança Nacional de Israel e das Forças Armadas, cientistas e empresários exigiram a destituição de Benjamin Netanyahu do cargo de primeiro-ministro do país.
Sputnik
A carta foi enviada ao presidente de Israel, Isaac Herzog, e ao presidente do parlamento, Amir Ohana, alegando que Netanyahu representa uma ameaça "existencial" para o país, segundo matéria do canal de TV CNN.
Os signatários da carta incluem quatro ex-diretores dos serviços de segurança estrangeira e doméstica de Israel, dois ex-chefes das Forças de Defesa de Israel (IDF) e três ganhadores do Prêmio Nobel.
A carta critica a coalizão que Netanyahu montou para formar o governo mais à direita da história de Israel, juntamente com seus esforços altamente controversos para reformar o judiciário israelense, que, segundo eles, resultou em lapsos de segurança que levaram aos ataques de 7 de outubro.

"Acreditamos que Netanyahu tem responsabilidade primária por criar as circunstâncias que levaram ao massacre brutal de mais de 1,2 mil israelenses, ferindo mais de 4,5 mil e sequestrando mais de 230 pessoas, das quais mais de 130 ainda estão em cativeiro pelo Hamas", diz a carta. "O sangue das vítimas está nas mãos de Netanyahu."

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Ainda segundo a reportagem, entre os 43 signatários estão ex-chefes das Forças de Defesa de Israel (IDF) Moshe Ya'alon e Dan Halutz, Tamir Pardo e Danny Yatom, que dirigiram a agência de inteligência Mossad, e Nadav Argaman e Yaakov Peri, que foram diretores do serviço de segurança doméstica, Shin Bet.
Empresários, embaixadores, funcionários do governo e três laureados com o Prêmio Nobel de Química — Aaron Ciechanover, Avram Hershko e Dan Shechtman — também assinaram a carta.
As próximas eleições estão previstas para o final de 2026, embora tenha havido protestos e pedidos de eleições antecipadas.

Conflito já matou mais de 30 mil pessoas

Desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023, o número de residentes da Faixa de Gaza mortos por ataques israelenses ultrapassou os 27 mil e, de feridos, passou de 64,1 mil, informou mais cedo o porta-voz do Ministério da Saúde palestino no enclave, Ashraf al-Qudra.
Do lado israelense, os números são de ataques do grupo palestino, que causaram a morte de cerca de 1,2 mil pessoas e deixaram quase 5,5 mil feridos. O grupo também tomou 250 israelenses como reféns.
De 24 de novembro a 1º de dezembro, durante uma trégua humanitária acordada entre as partes envolvidas no conflito, 80 reféns do Hamas, em sua maioria mulheres e crianças, foram trocados por 240 prisioneiros palestinos. Cerca de 130 reféns ainda são mantidos em cativeiro em Gaza.
Quando a trégua expirou, as operações de guerra foram retomadas e o fluxo de ajuda humanitária que chegava ao sul do enclave palestino, proveniente do Egito, foi novamente reduzido a um quinto do que Gaza recebia antes do conflito, segundo a Organização das Nações Unidas.
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