Panorama internacional

Houthis anunciam navios dos EUA como 'novos alvos' de ataques; UE aprova missão no mar Vermelho

Desde outubro os ataques iemenitas têm como alvo navios relacionados a Israel, mas agora os EUA "estão à beira de perder a sua segurança marítima", dizem os houthis. Bloco europeu decide aderir à missão no mar Vermelho após resistência.
Sputnik
O movimento houthi, do Iêmen, expandirá seus alvos para incluir navios dos EUA, disse uma autoridade do grupo na segunda-feira (15).

"O navio não precisa necessariamente estar indo para Israel para que possamos atingi-lo; basta que seja americano. Os Estados Unidos estão à beira de perder a sua segurança marítima", afirmou Nasruldeen Amer, porta-voz dos houthis, segundo a agência Reuters.

Amer também disse que os navios britânicos e norte-americanos se tornaram "alvos legítimos" devido aos ataques lançados pelos dois países no Iêmen na semana passada, que continuaram nesta semana.
Os ataques a navios desde outubro pelos houthis no mar Vermelho acontecem em resposta à campanha militar de Israel na Faixa de Gaza. No entanto as ações iemenitas atingiram o comércio e alarmaram grandes potências, em uma escalada regional da guerra de mais de três meses.
No último ataque aparente, um graneleiro de propriedade dos EUA foi atingido por um míssil perto do porto de Áden, no Iêmen, causando um incêndio em um porão, mas sem deixar feridos a bordo.
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Nesta terça-feira (16), Estados-membros da União Europeia (UE) deram apoio inicial a uma missão naval para proteger navios de ataques do movimento, relata a mídia.
De acordo com diplomatas ouvidos pela mídia britânica, o Comitê Político e de Segurança (PSC, na sigla em inglês) do bloco europeu, responsável pela política externa e de defesa da UE, foi a parte que avançou com o apoio europeu à missão.
O objetivo era instituir um acordo até 19 de fevereiro, no máximo, e torná-lo operacional logo em seguida. Mas vários diplomatas disseram esperar que o processo seja acelerado dadas as tensões na região.
Washington criou a operação Guardião da Prosperidade para patrulhar o mar Vermelho no mês passado, mas alguns aliados, nomeadamente países europeus, haviam levantado reservas sobre o plano e recusado a ideia de ficarem sob o comando norte-americano, conforme noticiado.
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