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Reeleição da presidente da Comissão Europeia pode estar em dúvida, diz mídia

Ursula von der Leyen foi eleita para chefiar a entidade por uma pequena margem em 2019, mas a forma como tem governado pode prejudicar suas chances de reeleição, segundo responsáveis citados pelo Politico.
Sputnik
A reeleição de Ursula von der Leyen, cujo mandato na presidência da Comissão Europeia termina em novembro, pode estar em dúvida devido à crescente popularidade dos partidos de direita na Europa, informou nesta segunda-feira (15) o jornal norte-americano Politico.
Ele lembra, citando membros do Parlamento Europeu e diplomatas da União Europeia (UE), que em 2019 a candidatura de Von der Leyen foi apoiada por uma coalizão de partidos pró-UE: o conservador Partido Popular Europeu, os socialistas e os liberais, que lhe deram "uma estreita maioria de 383 votos, um pouco acima do mínimo de 374".
No entanto agora "pode haver uma verdadeira surpresa", argumenta um parlamentar francês de um dos partidos pró-europeus. Segundo ele, se a coalizão não for bem-sucedida desta vez, "não haverá maioria", "e a questão de Von der Leyen simplesmente não existirá mais".
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Enquanto isso, o descontentamento está crescendo na Europa em relação à forma como Von der Leyen está governando. Vários altos funcionários da comissão disseram à mídia que o estilo da atual presidente e de sua equipe, que costuma não consultar a opinião dos Estados-membros, está causando desconforto em todos os níveis do Executivo da UE, incluindo autoridades francesas, com o presidente francês, Emmanuel Macron, irritado com as demonstrações de independência de Von der Leyen.

"Isso está deixando todos nós loucos", disse um funcionário da Comissão Europeia, acrescentando que "se ela permanecer por mais um mandato, haverá um sinal claro de dentro do prédio de que as coisas terão que mudar".

Assim, as iniciativas da chefe da Comissão Europeia sobre a guerra entre Israel e Hamas foram vistas em Paris como um "esforço pessoal de relações públicas" pré-eleitoral, disse um diplomata francês, acreditando que ela "acha que não tem um chefe".
"Se não podemos controlá-la, ela terá que ser posta sob controle […]. Enviamos a ela uma mensagem clara de que ela tem administradores, e são eles que lhe dão um mandato", concluiu.
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