Panorama internacional

Kremlin: se o Ocidente roubar ativos da Rússia, consequências serão 'prejudiciais' e terão resposta

O porta-voz do presidente russo criticou "a total imprevisibilidade de nossas contrapartes", que, diz ele, estão minando a confiança em si mesmos e no sistema econômico mundial com tais medidas.
Sputnik
A Rússia tem uma lista de ativos que podem ser confiscados de estrangeiros em resposta a suas ações, disse na sexta-feira (29) Dmitry Peskov, porta-voz presidencial do Kremlin.

"Compreendendo a total imprevisibilidade de nossas contrapartes, sua propensão a violar a lei internacional e outras leis, incluindo suas próprias leis nacionais, compreendendo sua propensão à autodestruição, quero dizer, a destruição do sistema econômico moderno, minando a confiança nos princípios básicos do sistema econômico mundial, ou seja, a moeda de reserva principal, o princípio da inviolabilidade da propriedade e assim por diante", listou ele.

"Analisamos antecipadamente as possíveis medidas de retaliação e faremos tudo da melhor maneira possível, de acordo com nossas próprias leis nacionais", conforme Peskov.
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O porta-voz sublinhou que há um efeito óbvio do bumerangue das sanções contra Moscou, e que muitos estrangeiros começaram a pensar nisso.
"Tais ações, em termos de volume de roubo de nossos ativos, terão consequências mais prejudiciais", acrescentou Peskov.
Na quinta-feira (28) o jornal britânico Financial Times citou fontes que afirmaram que a Alemanha, a França, a Itália e a UE questionaram os planos dos EUA de confiscar US$ 300 bilhões (R$ 1,5 trilhão) em ativos congelados da Rússia, considerando necessário primeiro avaliar cuidadosamente a legalidade de tal medida. Washington tem planos de anunciar o confisco em 24 de fevereiro de 2024, no aniversário do começo da operação militar especial na Ucrânia.
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