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Guerrilha do ELN exige financiamento para cessar-fogo e suspensão de sequestros na Colômbia

O comandante do Exército de Libertação Nacional (ELN) da Colômbia, António García, afirmou que o acordo recente para suspender os sequestros só será efetivado se o governo cumprir sua promessa de financiar projetos de geração de renda alternativa para os membros do grupo.
Sputnik
García esclareceu que o acordo, anunciado em 17 de dezembro, durante as negociações de paz na Cidade do México, vincula o financiamento do cessar-fogo à suspensão dos sequestros.
O governo colombiano e o ELN buscam avançar nas negociações iniciadas em novembro de 2022, que resultaram em uma trégua temporária até 30 de janeiro de 2024.

"Não foi assinada nenhuma cessação definitiva, mas sim temporária", afirmou García em suas redes sociais. "Devemos repetir que ainda não existe um acordo substancial sobre a paz", completou.

O conflito remonta à década de 1960. O maior grupo guerrilheiro, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), chegou a um acordo de paz com o governo em 2016, mas o ELN, último grupo guerrilheiro ativo, ainda tem entre 2 mil e 4 mil membros na Colômbia e Venezuela.
"A paz não é para apenas um partido vencer, mas para todos, especialmente para todo o país", escreveu.
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O anúncio de García representa um revés para o governo da Colômbia, que sinalizou que o acordo provisório do ELN para pôr fim aos sequestros era um passo importante em direção à paz.
O Ministério da Defesa da Colômbia disse que o grupo tem pelo menos 38 pessoas sequestradas.
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