Panorama internacional

Mídia: EUA estudarão suas cadeias de suprimento para detectar produtores de chips antigos da China

De acordo com a agência Bloomberg, o Departamento de Comércio norte-americano quer rastrear a presença de empresas de chips chinesas em vários setores dos EUA.
Sputnik
O Departamento de Comércio dos EUA investigará empresas americanas sobre a produção chinesa de chips antigos, que não são de última geração, mas ainda são vitais para a economia global, para rastrear o grau de dependência em relação à tecnologia da China, reportou na quinta-feira (21) a agência norte-americana Bloomberg.
As medidas poderiam incluir tarifas ou outras ferramentas comerciais para combater a pressão da China, disse um funcionário do Departamento de Comércio. O Comitê Seleto da Câmara dos Representantes sobre a China recentemente pediu aos EUA que impusessem tarifas sobre chips antigos em um relatório publicado em 12 de dezembro.
Em janeiro de 2024, o Escritório de Indústria e Segurança (BIS, na sigla em inglês) do departamento governamental inquirirá mais de 100 empresas dos setores automobilístico, aeroespacial, de defesa e outros para entender como elas adquirem e usam chips antigos, explicou um funcionário do Departamento de Comércio.
Ele acusou fabricantes de chips chineses de usar preços baixos para afastar a concorrência. Washington quer evitar que a China domine esse setor, como no caso do aço e da energia solar, inclusive dificultando o acesso a chips mais antigos.
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Joe Biden, presidente dos EUA, impôs em 2022 amplas restrições à capacidade da China de garantir e fabricar o tipo de semicondutores avançados que alimentam modelos de inteligência artificial e aplicativos militares. Pequim respondeu despejando bilhões em fábricas de chips, incluindo modelos mais simples, que usam técnicas de produção mais antigas.
A administração Biden também promulgou o Ato CHIPS e Ciência de 2022, que reserva subsídios no valor de US$ 100 bilhões (R$ 507 bilhões) para revitalizar a fabricação de semicondutores nos Estados Unidos.
A pesquisa do BIS informará essas decisões de investimento e ajudará a garantir que os subsídios da China não abafem os incentivos dos EUA, disse a fonte da Bloomberg. A pesquisa também busca estimular os empreiteiros de defesa a eliminar gradualmente os chips chineses de suas cadeias de suprimentos, referiu o funcionário.
A Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA, na sigla em inglês) de 2022 restringiu o uso de alguns chips chineses em itens militares ou outros itens governamentais, mas a regra não entrará em vigor até 2027.
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