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Milei acompanha protestos da sede da Polícia Federal Argentina; manifestantes são detidos (VÍDEOS)

O governo do presidente argentino, Javier Milei, seguiu rigorosamente nesta quarta-feira o anúncio de proibir qualquer tipo de bloqueio em meio à primeira grande manifestação popular contra seu governo e as medidas de ajuste fiscal já anunciadas.
Sputnik
A convocação do protesto, feita por movimentos sociais e partidos de esquerda, foi contida por uma operação de forças de segurança inédita na Argentina desde que o país recuperou sua democracia em 1983, resultando na prisão de duas pessoas, conforme confirmado por autoridades locais.
Logo após os manifestantes começarem a marchar em direção à Praça de Maio, confrontos violentos ocorreram com a polícia, que buscou impedir o bloqueio de uma avenida no centro portenho.
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O governo de Milei mobilizou agentes da Polícia Federal da Gendarmeria (força de segurança militar) e da polícia da cidade de Buenos Aires.
No início da tarde, o presidente dirigiu-se à Delegacia Central da PF em Buenos Aires, onde a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, estava acompanhando a situação. Milei estava acompanhado por sua irmã, Karina Milei, secretária-geral da Presidência, e por Iñaki Gutiérrez, o jovem influenciador responsável pelas redes sociais do presidente, entre outros colaboradores.
A marcha transcorreu sob um rígido controle policial, sendo que apenas a Avenida Diagonal Norte ficou lotada. Os manifestantes conseguiram chegar à Praça de Maio, mas sem os tradicionais bloqueios. Somente neste ano, ONGs locais estimam que foram realizados cerca de 8 mil bloqueios na capital e na província de Buenos Aires, sem qualquer tipo de repressão por parte do Estado.
Duas pessoas foram detidas na capital argentina, Buenos Aires, durante os protestos realizados contra as políticas econômicas do novo governo, de acordo com a emissora argentina TN nesta quarta-feira (20).
Nesse aspecto, a operação comandada por Bullrich foi considerada bem-sucedida. No entanto, para os movimentos sociais, foi uma demonstração de força de um governo que, segundo muitos deles, adota atitudes antidemocráticas.
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Os movimentos que convocaram o protesto acusaram a Casa Rosada de ter "implementado um estado de sítio não declarado oficialmente".
"Esta é uma operação digna de uma guerra. O governo está semeando o terror", declarou Eduardo Belliboni, do Polo Operário, uma das organizações que lidera o protesto.
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