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México inaugura 1ª etapa do controverso Trem Maia; trecho tem 473 km, cerca de 30% do projeto

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, inaugurou nesta sexta-feira (15) a primeira parte do projeto do trem turístico Maia, na península de Iucatã. A obra demorou cerca de quatro anos, devido a ordens judiciais e embargos por motivos ambientais.
Sputnik
O primeiro trecho corresponde a 473 quilômetros dos cerca de 1,5 mil quilômetros de trilhos do projeto e liga uma cidade colonial na baía de Campeche a Cancún, na costa caribenha.

"É uma obra-prima. Não exageramos se dissermos que não existe atualmente um trabalho como este no mundo e que também foi realizado em tempo recorde", disse Obrador durante a inauguração do trecho.

Composição inaugural do Trem Maia, com o presidente Andrés Manuel López Obrador a bordo. México, 15 de dezembro de 2023
O trajeto, segundo as autoridades mexicanas, levará cerca de cinco horas e meia, a uma velocidade média de cerca de 80 km/h.
Uma passagem de primeira classe em um dos dois trens diários de Cancún para Mérida custará o equivalente a US$ 68 (cerca de R$ 350). Uma passagem de ônibus de primeira classe na mesma rota custa cerca de US$ 58 (Cerca de R$ 300).
O projeto pretende conectar complexos turísticos costeiros e importantes centros arqueológicos do país.
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A promessa do governo é que o restante da linha esteja pronto até o final de fevereiro de 2024.
O anúncio do projeto, uma das promessas de campanha de Obrador, gerou críticas e tentativas de embargo por meio de liminares, por supostos danos ambientais. Os trabalhos foram suspensos algumas vezes por ordem judicial. O presidente, por meio de um decreto, então, determinou que as obras de infraestrutura eram tema de segurança nacional, para evitar novas paralisações.
Os custos estimados são de US$ 15 bilhões (aproximadamente R$ 75 bilhões), embora o valor possa chegar a US$ 20 bilhões (cerca de R$ 103,4 bilhões), como o próprio presidente mexicano chegou a reconhecer.
A cifra é 150% superior à projetada pelas autoridades federais, que garantem que o megaprojeto vai impulsionar a atividade econômica na península de Iucatã, onde estão localizadas algumas das florestas e reservas ecológicas mais importantes da América Latina.
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